segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Auto-exame: Xintoísmo

“O que vos acompanha na viagem, guardando e ajudando-vos para sempre, é tão somente a força de crer em Deus e servi-Lo. Até mesmo durante a refeição sopra impiedosamente o vento furioso que sempre vos impele à morte. O homem deve, pois, preparar-se sem desleixo para esse momento”.
- Mestre Onisaburo Deguchi: Rumos Divinos – parágrafo 135.

“Muito dificilmente pode ser modificado o hábito contraído por uma pessoa. Para se eliminar um mau hábito é necessário muita paciência e grande esforço, além de discreta cautela. Por ser difícil notar o próprio mau costume, deve-se proceder com imparcialidade a um auto-exame, a fim de descobri-lo e esforçar-se por repará-lo aos poucos.

“Quando o homem é capaz de avaliar-se imparcialmente, então terá ele o direito de chamar-se adulto.”
- Mestre Hidemaru Deguchi: Criação da Alegria de Viver – pág. 21.

(trechos do jornal Hakkoen, nº 75, dezembro de 2007, Jandira, SP – Associação Religiosa Oomoto do Brasil: www.oomotodobrasil.org.br ).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Adote Uma Árvore

Adote Uma Árvore
Santa Teresa, RJ, jan/08 – Ano I – nº 7
antoniocpbr@click21.com.br
http://budismoprimordialrio.blogspot.com
Antonio Carlos Rocha (professor)
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* O último “Amast da Praça” do ano de 2007 foi fechado com chave de ouro. 40 pessoas assinaram o livro de presença. Sucesso de público e de crítica. O “Coral Atrás da Nota da Prefeitura do RJ” sob a regência de Mário Assef encantou a todos.

* O coral chegou cedo, às 10 horas e ficou ensaiando nas dependências do Corpo de Bombeiros até ao meio dia. Iniciou a apresentação às 12:30 e cantou por uma hora com grande participação do público.

* Sérgio Amaral além de doar muda de abil, providenciou água para os cantores e convidou várias pessoas para assistirem ao conserto de vozes. Foram distribuídas mudas de plantas. Nilce Azevedo emprestou o guarda sol de praia, de onde o maestro regeu o coral.

* Uma ambulância do SAMU esteve presente dando apoio, naquele sol forte. Carros da PM com freqüência circulavam pelo local. Um representante do Corpo de Bombeiros assistiu a apresentação do Coral e participou do canto final, quando todos, coral e platéia, regidos pelo maestro, cantaram em uníssono.

* Agradecemos ao comandante do Corpo de Bombeiros e ao coronel Mendes, comandante do 1º BPM pelo apoio.

* A nota dissonante esteve a cargo do abandono em que se encontra o local. Chão descuidado, grades quebradas e enferrujadas. Os órgãos competentes bem que podiam recuperar o local, tornando-o novamente belo e agradável. Vamos, neste 2008 reivindicar a placa com os dizeres: “Mirante Guardas do Imperador” e também o trato e a limpeza da área. A vista coincide com a música do poeta Gilberto Gil: “O Rio de Janeiro continua lindo!” E Santa Teresa precisa melhorar...

* O fato de realizarmos ali o “Amast na Praça” de Natal e fim de ano serviu para mostrar a todos o quanto esta “ouvidoria” do bairro se faz necessária.

* Certa moradora ficou maravilhada com o Coral e comprou quatro rifas da Amast em nome de quatro coralistas, escolhidos ao acaso. Quando acontecer o sorteio iremos noticiar os felizardos. O 1º prêmio da rifa é uma das cinco gravuras doadas por Anna Letycia para levantar fundos para a Amast.

* Agradecemos ao maestro Mário Assef e ao “Coral Atrás da Nota da Prefeitura do RJ” que participaram gratuitamente, por amor ao bairro e à música. Só o maestro reside em Santa Teresa, os coralistas vieram de diferentes pontos da cidade.

* “Amast na Praça” é uma espécie de Ouvidoria do bairro. Veja a nossa agenda: hoje, 19 de janeiro de 2008 – na Esquina das Carmelitas (confluência das ruas Hermenegildo de Barros, Dias de Barros e Ladeira de Santa Teresa) em frente ao Bar do Serginho, desde já agradecemos o apoio; 16 de fevereiro de 2008 – Travessa das Escadinhas de Santa Tereza (Rua Joaquim Murtinho); 15 de março nas ruas Cardeal Sebastião Leme e Monte Alegre. Sempre no terceiro sábado de cada mês, de 11 às 14 horas.

* Graças à nossa atividade mensal, “Amast na Praça” e este boletim que circula na internet, um amigo reencontrou sua amiga 40 anos depois. Trata-se de Léo Machado, autor do livro Vale a pena viver – memórias de uma sobrevivência, 348 páginas onde ele conta as dificuldades que sofreu na época da ditadura; desde Santa Catarina, de onde saiu até ser preso em 1965, quando estava na clandestinidade. Foi cassado e só obteve os seus direitos com a Anistia e a redemocratização do país. Léo reencontrou a moradora e atriz Tânia Scher, que está presente no livro. Portanto, eis aí um bom trabalho de utilidade pública realizado por este artesanal boletim.

* “Adote Uma Árvore” é um boletim mensal, artesanal, virtual e impresso. Edições anteriores veja no blog acima citado.

* Se você concordar, pode tirar cópias e passar adiante. Obrigado !

* Mantenha a cidade limpa e o seu bairro também. Não jogue esta folha no chão. Se não quiser deixe em uma banca de jornal. Peça ao jornaleiro, sempre vai aparecer alguém interessado.

* Perto do Silvestre, na calçada do reservatório da CEDAE, há no canto uma pequena construção, do tempo do Império, com a grafia própria, em “portuguêz” daquela época. É pena que alguns vândalos foram lá e picharam. Mas ainda conseguimos ver as letras. É um monumento e merece ser preservado, identificado e divulgado.

* Outro local que merece ser preservado, identificado e divulgado é a Capela de São Silvestre que fica na antiga Estrada do Corcovado, logo depois da corrente que fecha a via, antes da ponte sobre os trilhos da linha férrea. Antigamente a capelinha só abria uma vez por ano para a missa no dia 31 de dezembro, dia de São Silvestre e é por isso que o local tem esse nome. É tão pequena que só cabe o altar, o pároco e as pessoas ficavam do lado de fora, sob as árvores.

* Em 1971 quando cheguei aqui para morar, participei certa feita, das comemorações de aniversário do bairro. A festa foi nas dependências da Igreja do Largo das Neves, os budistas participaram ecumenicamente do evento. No local também funcionava um colégio estadual. Lembro que os alunos entoaram o “Hino de Santa Tereza”, não me lembro da letra, só do refrão que dizia: “Santa Tereza tenho certeza/ que na Guanabara não há outro bairro igual...” Quem for daquela época e souber da letra e do hino todo, por favor envie e-mail resgatando a memória do nosso bairro. Ainda não havia acontecido a fusão e, portanto, ainda era o Estado da Guanabara.

* Dica Naturalista: “Chá verde: efeitos comprovados no combate a determinados tipos de câncer. Os meios científicos já tinham a idéia de que o chá verde é um instrumento efetivo no combate a tumores cancerígenos no esôfago, na mama ou na próstata, mas não se sabia ainda como isso acontecia. Um estudo recente conduzido por pesquisadores de Ohio (EUA) parece ter descoberto a chave do enigma. Segundo eles, uma substância presente na constituição do chá verde, a epigalocatequina-3 galate (EGCG), inibe a atividade da enzima uroquinase – e, como explica Jerzy Jankun, da Faculdade de Medicina de Toledo, em Ohio, “se você interrompe esse processo, mata o tumor de fome”. Detalhe importante: o EGCG desaparece durante o processo de fermentação do qual resulta o chá preto. (revista Planeta, março, 1998, pág. 11, Saúde: Chá verde contra o câncer)”.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Boletim nº 17, janeiro, 2008

Budismo Primordial HBS-Rio
Rio de Janeiro, janeiro – 2008 – nº 17
Hakuan (Antonio Carlos Rocha) – Gakutô (Auxiliar Sacerdotal)
e-mail: antoniocpbr@click21.com.br
http://budismoprimordialrio.blogspot.com
http://budismoprimordialrj.blogspot.com


Editorial:

“Pois todo aquele cuja fé é inabalável se torna verdadeiramente filho e herdeiro do Buda e do Dharma”.

A frase acima encontra-se na pág. 83 do ótimo livro Quem é o Buda?, de Sangharákshita, publicado em Lisboa, Portugal, em 1997, pela Editorial Presença.

O autor nasceu em Londres, em 1925. Seu nome civil: Denis Lingwood. Já aos 15 anos começou a praticar o Darma. Em 1946 ordenou-se monge budista e passou pelas escolas: theravada, zen e tibetana. Viveu 20 anos na Índia, mas em 1964 voltou ao Ocidente e fundou a linhagem “AOBO – Amigos da Ordem Budista Ocidental” que hoje está disseminada em vários países. Autor de vários livros Sangharákshita é uma das maiores autoridades em Budismo da atualidade. Sua obra social cresce cada vez mais. Veja o site espanhol www.aobo.org . A AOBO realiza um importante atendimento de serviço social às comunidades carentes da Índia, entre os parias.

Para ajudar a manter a ordem, Denis Lingwood criou uma rede de butiques na Inglaterra com produtos importados do Oriente. Essa rede cresceu tanto que se tornou uma holding. Fica assim uma sugestão para os templos budistas no Brasil, das diversas linhagens, que têm problemas de manutenção. É preciso um respaldo financeiro e os templos podem ser administrados como pequenas e médias empresas, a holding é um grupo de empresas. O excedente, o lucro, a AOBO aplica em caridade, em generosidade, atendendo assim à recomendação do Buda, no primeiro item das “Seis Perfeições”.

Nosso bom amigo, Zomar Pontes Ramos, hoje com 85 anos, antigo praticante budista no Rio de Janeiro, desde os anos 60, que esteve com a esposa no Sri Lanka, Tailândia, Índia etc é o primeiro brasileiro ordenado na AOBO. A designação que os religiosos dessa ordem recebem é “Dharmacharya” e o seu nome iniciático é Sanghadarshin.

Voltemos ao citado livro e vejamos o que o Patriarca Sangharákshita diz sobre o nosso Sutra Lótus:

“Sob um ponto de vista literário, o Saddharma Pundarika, o “Lótus Branco da Verdade Real” é um dos mais impressionantes, maravilhosos e magníficos de todos os sutras. Transmite um profundo significado espiritual, mas, na maior parte, em termos não conceituais. Não contém ensinamento abstrato, nem filosofia, mitos e símbolos, através dos quais exprime dois grandes ensinamentos: que, na essência, o Buda é eterno, acima e para além do espaço e tempo; e que existe apenas um grande caminho conduzindo à iluminação para todos os seres – o Mahayana. De acordo com o Sutra do Lótus Branco, todos os seres vivos, quer o saibam ou não, seguem esse caminho e, no fim, alcançarão a iluminação. Realça assim o otimismo espiritual da visão budista ao mais alto nível. (pág. 92).

“Podemos ir ainda mais longe, ainda mais alto. A palavra do Buda está materializada não só na figura de um Bodhisatva, mas na figura do próprio Buda, o Buda do Sutra Lótus Branco. Nesse sutra é-nos dito que o Buda está eternamente sentado no espiritual Pico do Abutre, o pináculo da existência terrestre. Ali ele proclama eternamente o Dharma. Só que ali não o proclama em palavras tal como se encontra no texto do sutra, nem sequer em imagens tal como se descreve no texto do sutra. Proclama-o em termos do puro som mântrico, como, por assim dizer, a vibração primeva da própria realidade. Quer estejamos a meditar ou a ler as escrituras, sempre que estamos silenciosos e tranqüilos podemos captar essa vibração vinda da mente-Buda, no mais longínquo pináculo da existência. E ao captá-lo também nós próprios podemos começar muito sutilmente a vibrar em uníssono com ela, em harmonia com ela. Também nós podemos ouvir dessa maneira, nessa medida, no mais profundo, no mais elevado, do nosso ser. No mais profundo, elevado, verdadeiro e abrangente, podemos ouvir a palavra do Buda”. (pág. 96).

O som mântrico a que se refere Sangharákshita, é o Sagrado Mantra NA MU MYOU HOU REN GUE KYOU !
Hakuan

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Orientação de Danny Nagashima – primeira parte:

Recitar para ser uma pessoa de auto-estima ilimitada – este é o melhor remédio.

Quando eu recitei desta forma, tudo em minha vida se transformou. Você pode analisar sua situação da forma que quiser. Você tem que chegar à raiz do por que “Eu não acredito na grandeza de minha vida”. Você tem que agarrar isto pela raiz e arrancar isto de sua vida.

Você deve recitar para aflorar sua própria grandeza. Recitar para apreciar e valorizar sua vida. A resposta é provavelmente muito simples. Mas porque sempre super-analisamos tudo, as coisas se complicam e a solução parece longe de acontecer. Quando eu segui esta orientação, foi inacreditável o que senti dentro de mim. Nossa missão como Budistas é ser feliz – e não nos tornarmos mestres do sofrimento. Temos nosso lado negativo e o positivo. Existe uma parte nossa que acredita que podemos ser felizes, mas aí nosso lado negativo diz: “Você deve estar brincando!”.

Você deve lutar para não se deixar contaminar pelo seu lado negativo. Isto não é dizer apenas eu sou alguém – mas ser a pessoa que você sempre quis ser, uma pessoa que realmente valoriza sua vida. Esta é uma oportunidade única. Os obstáculos que você enfrenta são as respostas às suas orações.

Estes sentimentos de dúvida própria, estes sentimentos de “Eu não sou ninguém, eu sou um profissional sem importância, sem expressão...” Estes sentimentos são os sentimentos que precisam ser encarados. Como você se sente sobre você mesmo, aquele sentimento de auto-aversão, de não ser bom o suficiente, estes são os sentimentos que precisam ser erradicados.

Seu talento não está sendo questionado, mas sim de como você se sente com você mesmo. Este é o carma. Você precisa valorizar a si próprio, apreciar sua vida, isto não tem nada a ver com alguém valorizando a nós mesmos. Siga seu coração, evidencie seu Estado de Buda e o efeito que virá desta atitude, os benefícios, serão massivos !

Você precisa seguir seu coração, fazer de sua vida seu tesouro. Quando se sentar em frente ao Gohonzon, você tem de reverenciar a sua própria vida. O Gohonzon é a personificação de sua vida iluminada. Sua vida merece esta reverência.

Quando Nichiren inscreveu o Gohonzon ele já recitava o Odaimôku e da grandeza de sua sabedoria ele foi capaz de inscrever o Gohonzon para toda humanidade, desta forma todas as pessoas poderiam aliviar seu sofrimento.

Se você recitar por duas semanas, para vir a ser realmente uma pessoa de auto-estima ilimitada e para realmente, verdadeiramente apreciar sua vida, incluindo suas falhas, suas realizações, suas derrotas, suas perdas, suas vitórias, tudo o que você criou, e apenas verdadeiramente apreciar seu talento seja qual for sua profissão – por duas semanas – então tudo mudará.

(trechos do site “As Mais Belas Histórias Budistas” =
www.vertex.com.br/users/san )