sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Propaganda na WEB

No início da web, quando eu recebia alguma propaganda, de alguma loja, sem pedir, classificava de invasão de domicílio internético, falta de ética, ainda que permitido por lei.

Agora, quando recebo, fico preocupado com a referida rede de lojas que me enviou o tal anúncio que não pedi. Trata-se de desespero da loja e começo a enviar, budisticamente, boas vibrações para ver se eles se desapegam desta técnica de marketing/telemarketing/webmarketing que não é boa.

As pessoas que recebem o que não pediram, que não gostam de propaganda, que observam suas caixas cheias de anúncios ficam iradas e, na verdade, nesta ira, enviam para os destinatários muitas vibrações negativas. E aí, em vez de melhorar as vendas, acabam diminuindo.

É a Lei da Vida, de Ação e Reação, Lei do Retorno, Toda Ação Corresponde a uma Reação etc, os nomes variam mas a Lei é uma só, o resultado virá nesta ou em outras vidas.

Maiores detalhes você encontra no ótimo livreto de bolso (Características Singulares do Budismo, 62 páginas) do Venerável Mestre Hsing Yun, patriarca da linhagem budista chinesa BLIA – Associações Internacional Luz de Buda, www.budanet.org.br

De preferência, não enviem nada, só o que lhe pedirem, é a melhor postura.

sábado, 4 de setembro de 2010

Xintoísmo Yamakage

A editora Pensamento lançou recentemente, A Essência Do Xintoísmo – A Tradição Espiritual Do Japão, um ótimo volume com 168 páginas, várias fotos e ilustrações. O autor é Motohisa Yamakage, patriarca da linhagem Yamakage, do Xintoísmo. Seu estilo é bem didático e esclarecedor.

Consagrado autor. Diversos livros publicados em outros idiomas, saudamos o aparecimento deste primeiro título em língua portuguesa; que venham outros.

Yamakage nasceu em 1925, no seio de uma ancestral família xintoísta; aos 18 anos fez a iniciação e, desde 1956, é o 79º Grande Mestre da citada linhagem. É formado em economia pela Universidade Ásia de Tóquio.

Através do estudo e da agradável leitura de suas páginas compreendi, melhor ainda, a PL – Instituição Religiosa Perfeita Liberdade, a Mahikari, a Oomoto e a Seicho-No-Ie, que são correntes populares no Brasil, com elementos, métodos e práticas xintoístas e budistas.

Um dos trechos que Motohisa comenta é a citação do professor-pesquisador Dr. Jean Herbert, da Universidade de Genebra, Suíça, um especialista nessa religião tradicional do País do Sol Nascente, que é um misto de filosofia e vivência, diz o Dr. Herbert:

“Eu encontrei cerca de mil sacerdotes e praticantes do xintoísmo, e nunca os ouvi falando as mesmas coisas. No xintoísmo as pessoas não falam sob o mesmo padrão; elas não precisam ou não são obrigadas a falar da mesma maneira” (página 38).

Haja criatividade. Até porque, se pensarmos bem, a natureza, o ecossistema, nos falam dessa maravilhosa diversidade que é a Vida. E Xintoísmo é Vida.

Maiores detalhes www.aikikai.org.br

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ao Deus Suzanoo

Diz-nos a Oomoto (vide xinto-budismo) que o Deus Suzanoo gosta muito de poesias, podemos oferecer nossos versos, no altar, a este maravilhoso Deus.

Seguem três pequenas e despretensiosas estrofes. Tentativas de Tankas. As duas primeiras em homenagem aos meus pais, desencarnados, que aniversariaram este mês. A terceira, em agradecimento ao querido Deus Suzanowo (também se escreve assim):

Foi meu pai
Quem me disse:
Estuda sempre,
estuda muito
filho !


Minha mãe,
falecida é.
Mas vive contente lá.
Em outra dimensão
Sim !

Gratidão !
Deus / Vida
Obrigado
Sempre
Por tudo !

Prece: Ó Deus Suzanoo, diante de teu sagrado e espiritual altar, deposito os três poemas acima. Abençoa meus pais. Que eles sejam muito felizes, na dimensão em que vivem. Abençoa os demais seres vivos. Reverências infinitas.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amigo Tejo

Nosso bom e querido amigo Tejo é um “deva”, isto é, um Espírito de muita luz, um ser bastante elevado que está sempre a postos para nos ajudar.

Quando o Senhor Buddha andou pela terra, no longínquo século 6 antes de Cristo, certa feita proferiu o famoso ensinamento “Mahasamayasuttam” ou Discurso da Grande Assembléia. E entre outros milhares de seres, tanto no plano visível quanto no plano invisível, lá estava o nosso bom e querido amigo Tejo.

Quem afirmou isso foi o próprio Mestre Gautama. Com sabedoria e discernimento, o grande Sidarta foi enumerando os chefes de linhagens espirituais e no versículo 25, página 56, do referido texto sagrado o leitor pode constatar a citação.

Veja em Cathubana Vara Pali ou Grande Livro das Proteções, em excelente tradução de Rogel Samuel, a magnífica lição. http://literaturarogelsamuel.blogspot.com

O tema de hoje é uma homenagem e gratidão ao nosso grande amigo Tejo, desde distantes eras. Que o Senhor Buddha o abençoe sempre, com resplandecente luminosidade.

Valeu Tejo !

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Budismo e Protestantismo

Tivemos no último mês, ao longo de quatro semanas, encontros maravilhosos com os amigos e irmãos da IRE – Igreja Reformada Ecumênica, um grupo de protestantes reformados coordenado pelo jovem pastor Alexandre Marques Cabral.

Os encontros constituíram o seminário “Budismo – Teoria e Prática”. Foi muito bom estudarmos sutras, recitarmos mantras e praticarmos meditação budista em uma igreja evangélica, que tem como um de seus patronos o grande pastor Neemias Marien, já falecido, com quem tivemos a honra de conversar algumas vezes, em congressos e na antiga igreja, em Copacabana, onde ele pastoreava.

Alexandre é formado em Filosofia e Teologia, professor do Colégio Pedro II – RJ, cursa o Doutorado em Filosofia na UERJ. Publicou, recentemente, Heidegger E A Destruição Da Ética, co-edição Mauad/UFRJ, 208 páginas, sua dissertação de Mestrado no IFCS-UFRJ, sob a orientação de Gilvan Fogel, que também foi nosso professor, nos anos 1990.

A originalidade da IRE é que eles reúnem-se em uma residência, na Rua Toneleros, Copacabana.

No último encontro, contamos com a presença de um padre colombiano, radicado no Brasil há muitos anos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

HPB e o Budismo

Helena Petrovna Blavatsky, uma das fundadoras da Sociedade Teosófica, no século 19, presente hoje em todo o mundo, nasceu budista.

A informação está no livro A Voz do Silêncio, editora Pensamento, 1976, páginas14 a 19.

Ela nasceu na Kalmíkya, uma das pequenas repúblicas autônomas da Federação Russa, mais de 90% da população desse país pratica o Vajrayana popular.

Helena pertencia a etnia dos kalmucos ou calmucos, daí Kalmíkya. Veja as palavras dela:

“Passei meses e anos de minha infância entre os calmucos lamaístas de Astracã, e com o seu sumo-sacerdote (...) os calmucos conservam ainda os mesmos termos idênticos aos dos outros lamaístas do Tibete (donde procederam).

“Quando eu tinha 11 anos, minha avó me levou a viver em sua companhia; morava em Saratóvia quando meu avô foi Governador. Antes disso, em Astracã, ele tinha muitos milhares (alguns 80 ou 100.000) de budistas sob sua jurisdição.

“Eu havia visitado Semipalatinsk e as montanhas Urais em companhia de um tio meu, que tem propriedades na Sibéria, bem como na fronteira dos países mongólicos, onde reside o Lama Tarachan. Fiz numerosas excursões além das fronteiras e sabia tudo acerca de Lamas e Tibetanos antes dos meus 15 anos.”

Vejamos agora, outra informação. Desta feita, publicada em março de 1995, pós mudanças na antiga URSS. Está em “Mudrá – Boletim Dármico nº 1”. Editado pelo falecido praticante Nissin Cohen, de Jacareí, SP:

“Os kalmiks, tradicionalmente budistas, são mongóis Oirat que emigraram ao Ocidente no século 17, vindo a estabelecer-se entre os mares Cáspio e Negro.

“A Kalmíkya é o único estado europeu budista, é uma das 20 repúblicas autônomas da Rússia nos estepes do sul – fez, no ano passado, do budismo e do cristianismo ortodoxo religiões estatais.”

Portanto, vemos a Teosofia como um Budismo Popular.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Buda é Pai e Mãe

Na recente tradução para o inglês do Shozomatsu Wasan, texto escrito no século XIII, pelo mestre Shonin Shinran, que é uma verdadeira jóia na literatura da Terra Pura, está dito na introdução:

“Reverentemente eu digo aos meus companheiros praticantes que aspiram pelo nascimento (na Terra Pura): todos deverão profundamente arrepender-se! O Tathágata Sakiamuni é verdadeiramente o nosso compassivo pai e mãe. Com uma variedade de compassivos meios, ele nos leva ao despertar do verdadeiro Shinjin (mente confiante, fé)”.

Os parágrafos acima estão no ótimo livro O Caminho De Cada Um – O Budismo da Terra Pura, página 112, autoria do grande monge budista brasileiro, já falecido, Murillo Nunes de Azevedo, editora Bertrand Brasil, 1996.

Murilo explica que arrepender-se significa conversão, mudança de atitude, maduramente vermos os nossos equívocos e, com responsabilidade, consertarmos a questão, ultrapassarmos o problema e isso vai nos levar a “ascender aos planos desconhecidos de consciência”.

O autor afirma também que Shinran foi um dos precursores da grande virada que o Budismo teve no Japão no citado século 13: rompendo com o celibato monástico, levando o Dharma para o povão, a massa e caindo o isolamento dos religiosos que até então viviam fechados em mosteiros. Os monges integram-se ao dia-a-dia da sociedade, trabalham, casam, constituem família etc.

Nasce então o Budismo Devocional, centrado na figura do Buda Amida, que significa Vida Eterna, Luz Infinita.

sábado, 29 de maio de 2010

Esclarecimento - Correção

Recebemos e agradecemos a nota abaixo, sobre a postagem anterior. Pela importância do esclarecimento, transcrevemos na íntegra:

“Prezados Srs.

Embora a motivação da entrevista sobre ocupar aleatoriamente pessoas em uma instituição seja nobre e oportuna, cumpre-me informá-los que a expressão TERAPIA OCUPACIONAL somente pode ser utilizada quando houver um profissional com graduação (formação de nível superior) que é o bacharel em Terapia Ocupacional, registrado no Conselho Federal da profissão: COFFITO para que possa exercer a arte e a ciência de cuidar de diferentes sujeitos utilizando as atividades e habilidades para o desempenho dos papéis ocupacionais no cotidiano, com a finalidade de resgatar a funcionalidade objetiva e subjetiva de pessoas em diferentes faixas etárias.

Lembrando sempre que a finalidade dos meios de comunicação é garantir ao cidadão brasileiro o direito obter a informação correta com a finalidade de permitir a maior integralidade das ações em saúde, peço que por gentileza façam o reparo na informação incorreta.

Dra. Rita Bittencourt
Conselheira Federal – COFFITO
26 de maio de 2010.”

domingo, 23 de maio de 2010

Voluntários da Agon Shu

Amigos, como muitos de vcs sabem, coordeno há um mês o trabalho de voluntários na melhoria da qualidade de vida dos internos do Lar São Vicente de Paula, um asilo de idosos em Joanópolis, SP. Minha primeira preocupação foi, e ainda é, captar pessoas que pudessem realizar qualquer forma de ajuda. Desde apenas contar histórias, aos que não podem se mover, até dar aulas de informática realizando a Integração Digital de idosos, que por viverem na lavoura, nunca viram um computador. Agora, além de necessitar de mais voluntários (para qualquer atividade ocupacional, até mesmo a aplicação de conceitos alternativos de melhora de vida como Reiki), necessito também de profissionais voluntários da área de saúde para dar palestras e cursos para o pessoal que trabalha no Asilo. Desde pessoas com conhecimento de administração hospitalar, médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros. O pessoal que trabalha no asilo possui o básico de informação. Eles precisam de mais informação até mesmo para humanizarem o atendimento. Aproveitando a chance, caso alguém conheça alguma pessoa na Viação Atibaia, pediria que visse se é possível eles doarem as passagens de ida e volta para os voluntários. Ou, na pior das hipóteses, dar um bommmmmm abatimento. O custo de ida e volta, pela Viação Atibaia, a única que vai até Joanópolis, fica em R$42,50 o que, às vezes, é um impeditivo.Agradeço qualquer coisa em que você nos ajudar.Meu celular é 11-7087-7112.O telefone do templo, onde estou diariamente é: 11-5581-9776 ou 3876-8812.P.S.: As aulas gratuitas de Tai Chi Chuan continuam todas as quartas as 7horas da manhã no Parque da Aclimação, se quiser venha. Monge Mauricio Dokei, Associação Budista Agon Shu, Rua Dr. Nogueira Martins, 247 - Saúde, São Paulo - Capital - Brasil, Fone: 55-11-5581-9776

sábado, 8 de maio de 2010

Tipos de Carma

Agon Shu é uma jovem linhagem budista Mahayana que nasceu no Japão nos anos 1970. Tem como base os textos Agama do Tipitaka páli, isto é, um conjunto de sutras canônicos dos mais antigos.

Tenho uma simpatia muito grande com a Agon Shu pois o Patriarca Seiyu Kiriyama, entre outros títulos universitários honoríficos é “Cardeal Honoris Causa” da Tradição Siam do Budismo Theravada no Sri Lanka. Ou seja, a Tradição Siam é uma das linhagens Theravadas naquela pequena ilha do Oceano Índico.

O Venerável Puhulwelle Vipassi, já falecido, que durante muitos anos residiu no Templo Budista de Santa Teresa pertencia a esta tradição Siam. Aos 12 anos ele foi admitido como noviço no Monastério Siam de sua terra natal e de lá só saiu já adulto e formado para a Inglaterra e depois para o Brasil, além de constantes viagens internacionais.

Contou-me, certa feita, o Venerável Vipassi que ele tinha bons amigos no Japão, viajou por lá, mais de uma vez e o seu livro sobre a história de Buddha havia também sido publicado na língua japonesa. Deduzo então que os praticantes da Agon Shu são co-irmãos da Siam Theravada.

Agon Shu já está em São Paulo. O templo fica no bairro da Saúde, Rua Dr. Nogueira Martins, 247, capital, tel. (11) 3876-8812 e fax (11) 3876-8815. O site está em fase de construção www.agon.org.br

Mais um livro do patriarca da Agon Shu, Seiyu Kiriyama foi publicado recentemente em nossa língua, trata-se de Quais Os Carmas Que As Pessoas Possuem?

Através das 96 páginas ficamos conhecendo o carma de decadência da sorte familiar, carma de interrupção, carma de potencial de sorte Indefinido e Instável, carma de conflito entre familiares e parentes consanguíneos, carma que prejudica o potencial de sorte dos filhos, carma de ingratidão, carma que prejudica o potencial de sorte do marido, carma de distúrbios no relacionamento conjugal, carma de aprisionamento no cárcere, carma de lesão física, carma de mortes anormais, carma de lesão cerebral, carma de dupla personalidade, carma de câncer, carma de distúrbios no sistema circulatório, carma de sorte financeira de água, carma de tornar-se líder, carma de ligação frágil com filhos, carma de ter problemas no parto, carma vertical, carma horizontal.

Ficamos sabendo do início de movimentação dos carmas e sobre a libertação cármica.

Lembrando que carma quer dizer ação, logo as ações positivas, negativas e neutras geram ação e reação.

sábado, 3 de abril de 2010

Quem é o Buda da Medicina ?

Uns o reverenciam como o Buda da Cura, Mestre Curador, Bodhisatva da Salvação. Em sânscrito se chama Bhaishagyaguru, em japonês é conhecido como Yakushi Nyorai – o Buda dos Remédios. Qualquer que seja o nome é uma tradição espiritual que se perde na noite dos tempos. O Buda da Medicina é uma Emanação de Cura, uma Energia de Cura do Adhi-Buddha, o Buda Primordial, Criador, que se fez carne e habitou entre nós através do conhecido Buda histórico Sidarta Gautama, o Buda Sakyamuni, no século VI antes de Cristo.

Um dos capítulos da sagrada escritura budista Sutra Lótus é dedicado ao Buda da Medicina. Infelizmente este livro ainda não foi publicado no Brasil, mas na internet é possível encontrá-lo em vários sites.

Mas, temos um ótimo livro pela editora Pensamento, trata-se de Em Busca Do Buda Da Medicina, de David Crow, 280 páginas. Tradução da monja brasileira de linhagem tibetana Tenzin Nandrol. A obra tem como subtítulo “Uma Jornada no Himalaia” e conta o aprendizado do autor com os mestres atuais formados por gerações e gerações de curadores ayurvédicos que utilizam milenares conhecimentos de botânica, ervas medicinais do Himalaia, práticas esotéricas e mágicas.

Muitas vezes, nos Sutras, o Buda é visto como um Médico. E Ele mesmo dizia que sua finalidade no planeta Terra era e é curar as pessoas e ajudá-las a se curarem, a se tratarem.

Mesmo que o prezado leitor não seja, nem queira ser budista, não se preocupe, você é sempre bem-vindo em nossos encontros de orações, preces, meditações e visualizações. Quando vamos ao médico, não perguntamos a religião dele, nem ele está interessado em proselitismo, queremos apenas a receita e indicação do remédio e tratamento. A compaixão do Buda da Medicina é Infinita e abraça a todos com muita paz e luz.

Aprendemos que a saúde nasce na mente; que a saúde é holística e abrange todas as áreas: física, mental, espiritual, emocional, financeira, afetiva, profissional, social etc.

Importante: nossa prática espiritual é perfeitamente compatível com os avanços da moderna medicina ocidental. As duas se complementam.

Quanto ao nome, antes que alguém possa estranhar. Nas línguas ocidentais, as palavras medicina e meditação tem a mesma raiz etimológica.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Lauro Trevisan

Hoje, sexta-feira, Semana Santa, uma data importante no âmbito do Cristianismo, vamos destacar este grande escritor, o padre Lauro Trevisan. Tenho a felicidade de conhecê-lo pessoalmente, admiro-o bastante. Fui seu aluno em um curso de Mentalismo que ele chama de “Jornadas do Poder da Mente”.

Lauro já escreveu 57 livros e as muitas edições chegam a 2.300.000 de exemplares. Alguns de seus livros estão traduzidos em outras línguas. Ele tem realizado as jornadas em outros países como Portugal e Alemanha.

Muitos de seus ensinamentos se aproximam do Budismo. Com base na Bíblia ele nos fala sobre a mente.

Por exemplo, seu livro mais conhecido O Poder Infinito Da Sua Mente, 180 páginas, já ultrapassou a casa de 1.050.000 de cópias. E agora tem o segundo volume com o mesmo nome.

Trevisan é formado em filosofia com pós-graduação em psicologia, psicanálise, parapsicologia e pedagogia. Mais de meio milhão de pessoas já passaram por seus cursos. Reside em Santa Maria, RS, onde realiza um excelente trabalho social.

Seu estilo é versátil, inclui vários gêneros: ensaios, romances, poesias, contos, infantis, adolescentes, jovens, dramas, comédias e sempre abordando o seu carro-chefe: mentalismo, visualizações e afins.

Sou imensamente grato ao professor Lauro pelo muito que aprendi e aprendo, desde o ano 2000, quando o conheci.

www.laurotrevisan.com.br

www.editoradamente.com.br

domingo, 28 de março de 2010

Lama Rinchen no Rio

Hoje está completando uma semana, Lama Rinchen, do mosteiro Sákya, de Cabreúva, SP, esteve no Rio proferindo ensinamentos a convite do Centro Sákya-RJ, Sakya Kun Khiab Cho Ling.

Cerca de 25 pessoas estavam presentes; foi uma bela tarde, e quente, de estudos e práticas.

O Lama nos falou com muita propriedade sobre “Os quatro apegos”, um maravilhoso ensinamento que foi transmitido por Manjusri, o Bodhisatva da Sabedoria.

Quem estava presente também era a Lama brasileira Tenzin Namdrol, tradutora do ótimo livro Em Busca Do Buda Da Medicicna, de David Crow, obra que tem como subtítulo “Uma jornada no Himalaia”, 280 páginas, várias fotos.

Na ocasião foi informado que, pela segunda vez, o projeto Relíquias do Buda, já está circulando em cidades brasileiras. No mês de março esteve em Viamão-RS, Florianópolis e Coritiba, Agora é São Paulo. Em abril Vitória e Salvador; Recife, João Pessoa e Rio no mês de maio. No Rio, Espaço Tom Jobim, Rua Jardim Botânico, 1008. A cerimônia de abertura é no dia 23/05, quinta, às 16 horas e depois, de sexta a domingo, de 10 às 19 horas. Cel. (21)9322-0476, info@shiwalha.org.br

Foi informado também que lideranças tibetanas brasileiras estão começando os contatos para trazerem Sua Santidade O Dalai Lama em 2011 ao Brasil.

Agradecemos ao Lama Rinchen seus importantes ensinamentos. Reverências !

http://sakyakunkhiabcholing.blogspot.com

quinta-feira, 25 de março de 2010

Carma na Rede

O Senhor Buddha afirmou que nós pegamos carma através dos pensamentos, das palavras e das ações. Se for algo construtivo, o retorno será positivo. Se for algo negativo o retorno será desagradável. É uma das Leis que regem o Universo. Tem a ver com a Lei da Gravidade. Tudo volta a Terra. Tudo volta para o emissor.

Se você emitiu coisa boa, via pensamento, palavras ou ações, fique tranqüilo. Caso contrário é melhor mudar.

Mas, recentemente a humanidade inventou a internet e assim, eis aí, mais um motivo para bons ou maus desdobramentos, conseqüências.

Mesmo brincadeiras, aparentemente tolas, na rede mundial de computadores tem retorno. Se a intenção de quem enviou o e-mail ou a notícia ou o vírus foi das melhores possíveis, fique certo que tem volta.

Por exemplo, no caso dos vírus, o enviante, aquele que enviou ou inventou o tal vírus terá retorno negativo. Uma série de notícias falsas que inventam ou armadilhas para pegar senhas ou algo semelhantes, fiquem certos, tem retorno. Não por acaso já existem delegacias de crimes na internet.

A pessoa pode pensar que ao enviar determinado e-mail, ou corrente ou algo semelhante estará ajudando a sua religião ou a sua proposta, mas resta saber se o destinatário, o recebedor concorda com o tema, se aquele(a) que recebeu, não pediu, então, a vibração não é positiva.

As empresas que enviam propagandas, spams correm o risco de ter retorno negativo, pois isso é uma invasão de domicílio, invasão virtual de domicílio, o mesmo acontece com o chamado telemarketing, que é uma invasão telefônica de domicílio.

O melhor é não enviar nada que não foi solicitado. Dizia o Buddha: é melhor guardar o nobre silêncio ariano. E na internet, o nobre silêncio ariano é não fazer propaganda para quem não pediu.

As caixas de e-mails, vazias, agradecem. E novamente o Buddha afirma que Deus está no vazio.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Buddha e Shiva

Nosso blog é um momento de estudo, investigamos as diversas vertentes das grandes religiões, deste modo, vamos hoje falar do interessante culto com o título acima.

Na Ilha de Báli, a maioria da população faz uma saudável união entre o Budismo e o Shivaísmo, e em outros locais da Ásia também. É chamado de Budismo Himaláico. O corpo de prazer do Buddha é o mesmo de Beatitude Eterna que o leva ao nirvana.

Os praticantes são arrebatados ao “sétimo céu” que inclui a mística e o erotismo. É um tema comum na arte khmer, que vem do Camboja. Na entrada desses templos budistas vê-se um falus erectus.

As cerimônias são realizadas por “sacerdotes de Buda e brâmanes de Shiva”. O desejo sexual é um método, caminho espiritual. Alquimia tântrica.

Veja foto e explicações no ótimo livro Uma Outra História Das Religiões, de Odon Vallet, editora Globo, páginas 218 e 219.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Teologia da Imaginação

É o padre Barry William Malone, em seu pequeno grande livro Imaginação E Oração, edições Paulinas, 1998, quem nos fala desta importante prática: associarmos imaginações pertinentes e construtivas, enquanto estamos fazendo as nossas orações.

O conceituado autor nasceu em Oamaru, Nova Zelândia, em 1944. Ordenou-se em 1968; depois estudou nos EUA. Está no Brasil desde 1984 e é o superior dos padres maristas no Brasil.

Este belo texto me fez lembrar que o Budismo é fértil em meditações, visualizações, concentrações e afins.

Unindo a Teologia da Imaginação com as mentalizações búdicas o resultado é maravilhoso.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Rainha Mahamaya

Hoje, Dia Internacional da Mulher, queremos homenagear a mãe de Sidarta Gautama, o Buddha, Rainha Mahamaya.

Sidarta, quando reencarnou, no século VI antes de Cristo, já era um Espírito de muita Luz. Veio com a missão de transmitir o Darma, a Doutrina, o Ensinamento. Como diz o Hinduísmo clássico, Sidarta era e é um Avatar, uma Encarnação Divina.

Deste modo, os seres de Luz viram que a Rainha Mahamaya, que havia sido mãe de Gautama, em vidas anteriores, ajudando a preparar-lhe a missão búdica terrena, renasceu no referido século VI para dar a luz ao búdico bebê.

Nos dizem os seres de luz que Mahamaya é uma santa iluminada. Apenas deu a luz ao menino e, uma semana depois desencarnou. O menino foi criado pela irmã de Mahamaya que, mediante a tradição da época, casou com o pai.

Nossa gratidão e reverência, em nome de Kuan Yin, à Rainha Mahamaya. Que no plano espiritual onde ela se encontra, oriente, ajude os praticantes do Darma que seguem os ensinamentos de seu iluminado filho Sidarta.

domingo, 7 de março de 2010

Kototama

É um termo japonês que literalmente significa “espírito da palavra”. É também um dos belos ensinamentos da Mahikari. É a força espiritual que cada vocábulo tem.

É por isso que o Buddha recomendava sempre “palavra correta”.

A linhagem Shingon, do Budismo Esotérico, é conhecida como a Escola da Palavra Verdadeira.

O grande sábio Nichiren, que foi nascido e criado em um ramo do Budismo Mágico Mahayana sabia dessas coisas e por isso, ele enfatizava a questão das letras, dos ideogramas japoneses e chineses, colocados no altar.

As correntes contemporâneas de Reiki nos ensinam os “sinais” que são letras escritas no ar, abrindo as energias para os tratamentos.

Na antiga Índia falava-se muito em Nada Brahma – o Som Primordial do Universo, aliás há um ótimo livro sobre o tema publicado pela editora Pensamento.

Por fim, do lado de cá do Ocidente, fechando este círculo de conhecimento, aprendi, certa feita, com um graduado mestre da FRA – Fraternitas Rosacruciana Antiqua que as palavras são vivas, são “seres” vivos, são seres sencientes. Cada letra do alfabeto é um Espírito, representa uma divindade, uma deidade, um estado de consciência. Cada som, cada fonema também.

Portanto, bom domingo, bons kotatamas, boas palavras, sempre corretas.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Lung Nu

“Por mais de um ano pensei ter sido salvo por Santa Bernadete, embora não pudesse explicar seus traços orientais.

Então, certo dia, sucedeu-me buscar abrigo da chuva num templo abandonado, não longe de Chengtu: e ali numa pequena capela deparei-me com um afresco esmaecido que apresentava Kuan Yin trajando um simples manto azul. Sentada à beira-mar, serviam-na como sempre, Shan Ts´ai e Lung Nu.

Espantado, reconheci em Lung Nu a minha Santa Bernadete: até as vestes eram as mesmas.

Era Lung Nu em pessoa, piedosamente enviada por Kuan Yin que me salvara a vida e eu pensei que fosse Santa Bernadete.

Havendo desde então estudado em profundidade doutrina Mahayana da Mente Única, não vejo contradição entre as duas coisas”.

- O texto completo desse belo testemunho está nas páginas 36 a 40 do livro: A Deusa Da Compaixão E Do Amor – O Culto Místico De Kuan Yin, de John Blofeld, edições Ibrasa, 1994, 204 páginas. Autor de vários livros, o inglês John Blofeld (1913-1987) foi um conceituado viajante e pesquisador do Budismo Chinês.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Monso Nitiryu Shonin

Nossa tradição, Budismo Primordial, presta as devidas homenagens, no mês de março, ao Venerável Monso Nitiryu Shonin (1385-1464) considerado um santo por todos aqueles praticantes do Sutra Lótus.

O templo Hoshoji (Estrada RJ 99, nº 716, bairro Piranema, Itaguaí-RJ, tel (21) 2687-6114 e 8228-2010), realizará no próximo dia 21, domingo, às 11 horas um Grande Culto de Reverência e Gratidão a este grande ser. O monge residente, sacerdote Jyunsho Yoshikawa convida “tragam a família e os amigos” e completa: “Herdamos essa postura de retidão, tendo fé num mundo de respeito mútuo e felicidade compartilhada por todos. Monso Nitiryu Daishounin cultivou esta fé”.

O celebrante do evento será o bispo Takassaky.

e-mail do templo Hoshoji: hbs.rio@gamil.com

www.budismo.com.br

www.youtube.com/BudismoPrimordial

www.picasaweb.google.com/hbs.rio

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Deus e o Budismo

Respeitamos todos os que afirmam ser o Budismo ateu e/ou agnóstico e/ou cético, mas, hoje, temos outra interpretação. Vemos o Darma como uma religião revelada por Deus. Esta revelação aconteceu quando Sidarta atingiu ou alcançou a iluminação. Neste blog já tratamos desse tema. Vejamos outra fonte:

Está em Udana – La Palabra De Buda, de Carmen Dragonetti, editora Barral, 1972, Barcelona, 264 páginas.

A autora nasceu em 1937, em Buenos Aires. É formada em Filosofia na Universidade de San Marcos, Lima. Tem outros livros e vários artigos publicados autorizando-a como uma conceituada pesquisadora e tradutora do Darma.

No livro em questão ela traduziu diretamente do Cânon Páli e afirma que o termo “udana” pode ser lido como pronunciamento, declaração ou palavra. Ou seja, as palavras são atribuídas ao próprio Buddha.

Logo no início, página 40, encontramos a estrofe:

“Quando as coisas se revelam
Em sua verdadeira natureza
O sábio que medita com fervor
Desaparecem todas suas dúvidas
Já que descobre
Que tudo tem uma causa”.

Ora, se as palavras são consideradas do próprio Sidarta Gautama. E é um texto canônico, sagrado, vejam a última linha: “tudo tem uma causa”.

Se tudo tem uma causa, se tudo tem uma origem, então, este universo, este Cosmo tem uma causa, tem uma origem. Em linguagem ocidental, afirmamos que a causa, a origem do Universo é Deus.

Observe que o Mestre Gautama não disse “quase tudo tem uma causa”, mas sim “tudo”. Deduzimos, portanto que, Buda Primordial, Adhi-Buddha é o Deus Criador de todas as coisas.

Reverências a Ele ! Glória a Ele ! Senhor Buddha !

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Gratidão a Milarepa

Ontem a tarde, tivemos mais um maravilhoso encontro do Centro Sákya-RJ, no coração do Catete, ali no Largo do Machado, onde tem muitas árvores bodhi, na praça. Nossas atividades foram dedicadas à memória deste grande Santo e realizador do Caminho ensinado pelo Senhor Buda, pois em fevereiro comemoramos o seu aniversário natalício.

O asceta tibetano Milarepa é um dos grandes mestres do Darma e desde os 16 anos, em nossas primeiras leituras búdicas passamos a admirá-lo e reverenciá-lo.

Em português temos uma boa biografia, publicada em 1994 pela editora Pensamento, Milarepa, do antropólogo inglês W.Y. Evans-Wentz, 248 páginas e várias fotos.

Jetsun Kahbum Milarepa foi um grande poeta, escreveu 100 (cem) mil versos. Vivia em uma caverna, vestia-se com uma simples túnica branca.

Gosto muito de Milarepa, representa o homem comum. É um exemplo para todos nós que temos defeitos. Pela dedicação às Três Jóias, vamos superando e ultrapassando os obstáculos.

Obrigado sempre, Milarepa, pela sua preciosa vida !

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Caminho do Meio

O Caminho do Meio da Disciplina

Há muito tempo,
Viveu um discípulo de Buda Sakyamuni chamado Sona,
Filho de uma rica família de Anga,
Um reino conquistado por Magadha.*
Diziam que ele tinha pelo na sola dos pés,
Pois nunca precisava sair e andar.

Sona ingressou no sacerdócio sob a direção de Buda
E se dedicou a um treinamento árduo.
Vivia na solidão das montanhas,
Num lugar ermo em que se abandonavam os cadáveres.
Quando caminhava em meditação,
Ele arranhava e cortava os pés,
Deixando sangue na vereda percorrida.

No entanto, apesar de seu devotado esforço, dia e noite,
Não conseguia se livrar dos desejos mundanos
E chegar à iluminação.
Solna tinha saudade da vida secular
E seu espírito fraquejava.

Buda percebeu os sentimentos de Sona e
Ensinou-lhe a analogia do alaúde.
“Sona, você tocava alaúde em casa?”
“Sim, tocava”, respondeu Sona.

Buda explicou:
“Não se pode extrair um som bonito
De cordas muito esticadas ou muito soltas.
O mesmo vale para a disciplina espiritual.
Se você buscar com pressa e intensidade extrema,
Seu espírito ficará instável e inquieto.
Se for muito relaxado, seu espírito ficará preguiçoso.”

Foi assim que Buda pregou
O caminho do meio da disciplina espiritual.
Grave isto profundamente na mente.


(*) Um dos quatro principais reinos da Índia, no tempo de Buda Sakyamuni.

- poesia do mestre budista Ryuho Okawa, publicada na revista mensal Ciência da Felicidade, nº 166, março de 2009.

- Observem a beleza desse Darma contemporâneo. O patriarca Okawa, poeticamente, nos conta sobre um sutta clássico do canon Tipitaka páli.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Não sejas impaciente

Não sejas impaciente.
Assim como é limitado o número de passos
Que podes dar em um dia,
Limitada é a quantidade de comida
Que em um dia consegues comer.
A tua capacidade há de aumentar,
Mas não repentinamente.
O teu trabalho avançará,
Mas não de modo que tu possas ver.

Do mesmo modo,
O teu filho não será subitamente o melhor da classe
Nem desenvolverá, num instante,
A capacidade de um atleta profissional.

Do mesmo modo,
Mudar, de uma hora para outra,
A mente, o corpo ou a capacidade de uma pessoa
É uma exigência impossível.

A galinha não bota
Mais do que um ovo por dia.
Mesmo que tu, na tua impaciência,
Abras o ventre da galinha,
Não vais encontrar o ovo de amanhã.

Assim hoje
Também deves
Pôr um ovo da felicidade.
Sem te preocupares com o amanhã.

- poesia do mestre budista Ryuho Okawa. É um dos autores que, atualmente, mais publica livros no Japão.

- fonte: revista Ciência da Felicidade, nº 131, abril de 2006.

- recomendamos o blog do monge brasileiro Carlos Mello, que mora no Japão. É o responsável para os praticantes de língua portuguesa. Trabalha diretamente ligado ao patriarca Ryuho Okawa:

http://cienciadafelicidade.org

- Na tradição Ciência da Felicidade os monges, monjas, reverendos, reverendas, missionários e missionárias podem casar e constituir família.

- vestem-se com roupas comuns, a ocidental.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Delegue ao seu Subconsciente

Ao seu Subconsciente Delegue

Por mais que se preocupe
Há casos em que nada por ser feito,
Há momentos em que caminhos não se abrem,
Ao forçar o caminho,
Maiores serão os sofrimentos,
Uma vez que seus esforços, egoísticos se tornam.
E em chamas de tentação, a sua busca poderá se
transformar.

Quando insuportável for o seu sofrimento,
Por um instante pare de caminhar.
Afoga-se quem na água se debate
E flutua quem silenciosamente espera.

Ao se esgotar a sabedoria
Na Grande Força, confie.
À sua alma irmã do Mundo Real,
Peça orientação.
A solução dos problemas da sua vida,
Ao seu subconsciente delegue
Em nome do Grande Buda e dos Espíritos Guias.

- poesia do mestre budista Ryuho Okawa.
- fonte: revista Ciência da Felicidade, 163, dezembro de 2008, páginas 2 e 3.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Corrigir as Lembranças do Passado

O seu sofrimento
Provém sobretudo das lembranças do passado.
Olha para certos momentos do passado
Como se estivesse folheando um álbum de fotos amareladas.

Na verdade, são numerosíssimas as fotos
Na sua galeria de recordações.
Dentre tantos momentos de alegria
E de tristeza,
Escolhe algumas fotografias
E passa anos e décadas
Olhando para elas.

Ocorre que as suas lembranças do passado
Quase sempre contradizem a lei da causalidade.
Tenta provar que hoje é infeliz
Por causa dos erros que cometeu no passado
Ou porque alguém o magoou.
Mas, na verdade,
Está à procura de tristes fotografias do passado
Justamente porque agora é infeliz.

Declare hoje mesmo, neste instante, que é feliz.
Então só encontrará fotografias de momentos felizes
Na sua galeria de recordações.
As lembranças do passado podem ser corrigidas.


- poesia do mestre budista Ryuho Okawa. Todas as poesias que estamos publicando em nosso blog, fazem parte do livro Um Guia Para O Coração, ainda inédito em português.

- a revista mensal Ciência da Felicidade vem publicando em cada edição um poema, desta feita a fonte é a de nº 160, de setembro, 2008.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Buda Infinito

Tenham o coração que crê.
Resgatem a força original.
A infinita força está dentro de vocês.
Ela foi enviada por Buda.
Quando, através da fé,
Se tornarem unos com Buda,
Vocês serão invencíveis.
Serão capazes de esmagar todos os males.

Vejam bem !
Não pensem que haja limite no amor.
O limite está no amor do coração humano.
Não há limite no amor de Buda.
Infinito é o amor !
Ele os questionará
Quanto à verdadeira fé.

Vou repetir:
O amor é infinito.
Infinita é a força de Buda.
Quem confia na força infinita de Buda
Vive em meio ao infinito amor.

- poesia do mestre budista Ryuho Okawa.

- livro: Infinito É O Amor, publicado em 1996, páginas 35 e 36, Ciência da Felicidade – Brasil.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cabalá

A presença da cantora Madona no carnaval carioca me fez lembrar que ela é praticante de Cabalá, que muitos falam e escrevem Cabala.

Há um livro excelente em português, publicado, em 2004, pela editora Sêfer sobre o tema, trata-se do Sêfer Ietsirá – O Livro Da Criação – Teoria E Prática, do Rabino Aryeh Kaplan, 384 páginas.

O autor foi um conceituado erudito na área, mundialmente reverenciado. Produziu mais de 50 livros. Nasceu em Nova York, 1935 e faleceu em 1983. Viveu pouco, mas o seu legado é imenso.

A Cabalá mágica é intimamente ligada a Cabalá da meditação, e se utiliza de vários sinais, encantamentos e nomes Divinos através dos quais é possível influenciar ou alterar eventos naturais.

O Sêfer Ietsirá traz a luz implicações teóricas, meditativas e mágicas. Nos ensina sobre a dinâmica e domínio espiritual, apresentando os mundos das Sefirot, das almas e dos anjos, ajuda no desenvolvimento de poderes cinéticos e telepáticos. A função destes poderes é ajudar os estudiosos da Cabalá a alcançarem feitos que envolvam alguma espécie de magia.

Observando a vida, a obra e a arte de Madona, mundialmente famosa e talentosa, verificamos que ela tem aplicado bem as lições que aprendeu.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Buda te salvará

Se tiveres um pingo de Fé...

Em tempos difíceis,
As pessoas sofrem,
Ficam desgastadas
E exaustas.
Quando falam,
Só lhes saem palavras negativas,
E elas perdem a coragem de acreditar no amanhã.

No entanto,
Eu devo dizer,
Se tiveres um pingo de fé,
Buda te pode salvar facilmente.

Primeiro acredita.
Depois relaxa.
Pensa que
Buda por certo resolverá o teu problema.
Tem uma mente luminosa e positiva,
Convencido de que Buda te salvará.
Sê grato pelo que já te foi dado.

Doravante,
Não te sobrecarregues.
Faze o que podes fazer
Lenta e constantemente.
Acredita que, com fé inabalável,
Nenhuma adversidade será obstáculo.

- poesia do mestre budista contemporâneo Ryuho Okawa.

- revista Ciência da Felicidade, nº 144, maio, 2007.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Calma e Serenidade

No Lensei (retiro espiritual) que participamos no mês de janeiro de 2010, no Seiti – Terra Sagrada da PL: Perfeita Liberdade, em Arujá, SP, um dos palestrantes foi o reverendo Kaor Tanida, com o tema acima.

Mestre Tanida tem 80 anos. É autor de um livro clássico no âmbito da PL, Você Ainda Pode E Deve Ser Feliz !, 302 páginas, várias ilustrações tipo cartum que tornam o texto muito agradável, visualmente, e edificante, incentivando-nos a prática.

Nos anos 1960, ele iniciou a edição de um boletim mimeografado que se chamava “Vida É Arte”, que é o primeiro preceito da PL. O boletim cresceu tanto, difundiu-se de tal forma que os peelistas e demais simpatizantes começaram a tirar fotocópias e depois os modernos meios de reprodução gráfica.

Inicialmente, 120 mil pessoas tinham acesso direto aos boletins que saíam periodicamente, e tratavam de reproduzir, espalhar entre muitos os ensinamentos.

A distribuição total de boletins chegou a casa de 1,6 milhão de exemplares. No formato de um caderno, 14 x 21 cm, geralmente os boletins tinham 4, 8 ou 12 páginas, mediante o assunto.

Os alunos e amigos reuniram os boletins originais e fizeram este maravilhoso livro. A primeira edição saiu em 2001.

Em tempo: todos estes boletins, suas cópias e esta rede de pessoas dedicadas faziam/fazem tudo de forma voluntária. Os boletins eram e ainda são até hoje, inteiramente grátis.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Próximo Salto

Por mais que sofra
Não choramingue
Na vida nem sempre a estrada é plana.
Para todos, subir a rampa é um sofrimento.
E, para todos, há momentos de suportar.

A mola que bem se estira
Bem se comprime.
Deve acumular energia
Antes de se expandir.

É triste
Ver as folhas caírem no outono,
Mas isso não é o fim.
Mesmo que pareça ter voltado a estaca zero,
Os brotos da próxima primavera
Estão em espera silenciosamente.
Uma vida invisível está em plena preparação.

Por isso,
Por mais que sofra,
Não choramingue.
Continue a acumular forças
Para a chance do próximo salto.


- poesia do mestre budista japonês Ryuho Okawa.

- revista Ciência da Felicidade, nº 158, julho/2008.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Buda está sempre contigo

Segue o teu próprio caminho

São muitas as encruzilhadas na vida.
Hás de tomar o caminho da direita,
O da esquerda
Ou seguirás adiante.

Por exemplo,
Fé ou família.
Trabalho ou doença.
A opinião dos velhos amigos
E o conselho dos companheiros do darma.
Os valores de teus pais
Ou a orientação dos mestres religiosos.
As metas da tua empresa
Ou a doutrina do Senhor.

Hás de estar dividido entre duas opções,
E, às vezes, passas dias e dias de agonia.
No entanto,
Buda confia em todos e em cada um de vós.
Ainda que, os que Nele crêem
Escolham caminhos diferentes,
Buda confia que todos voltarão a se unir um dia,
Na grande senda.

Não avances além dos limites razoáveis.
E não busques conflito com os demais.
Trata de
Tomar o caminho que julgas certo,
E de trilhá-lo com firme convicção.


Buda está sempre contigo.

- poesia do mestre Ryuho Okawa, patriarca da linhagem budista Ciência da Felicidade.

- revista Ciência da Felicidade, nº 147, agosto/2007.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ano Novo Divino

É assim que a corrente religiosa, nascida no Japão, Mahikari, chama o Ano Novo Lunar. No último dia 4 de fevereiro, quinta-feira, aconteceu no Sho Dojô (templo) do RJ, a bela cerimônia de Ano Novo Divino, às 19 horas.

Cerca de 50 pessoas estavam presentes. A solenidade tem início com a oração básica Amatsu Norigoto, recitada de forma uníssona pelos presentes. Depois é recitada a oração ao deus (espírito) Izunomê que está presente no altar, juntamente com o Deus Su, criador de todas as coisas (estes nomes vem do multimilenar Xintoísmo).

Seguindo o sagrado “Livro de Orações do Yokoshi”, ocorrem outros belos cânticos e preces. Por fim, a primeira parte da reunião é encerrada com o Hino da Mahikari que faz referência a Miroku, que vem a ser o Buda Maitreya, o Buda Futuro

A segunda parte é a palestra da presidente do Sho Dojô.

Portanto, Feliz Ano Divino a todos !

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Altar Externo da PL

No dia 31 de janeiro de 2010, domingo, às 7 horas de uma bela manhã, estávamos todos na área do Altar Externo do Seiti, que vem a ser a Terra Sagrada da PL – Perfeita Liberdade, no Brasil.

Estávamos ali, mil participantes, mas essa grande espaço abriga, imagino eu, umas 10 mil pessoas, pois outro dia vi uma foto no jornal mensal Perfeita Liberdade, mostrando uma cerimônia com 8 mil pessoas.

Neste citado dia 31, o Seiti estava abençoado, como sempre. Uma névoa cobria o local. Aos poucos ia se dissipando. A cantoria das aves, pássaros os mais diversos, no bosque em volta dava um toque especial às orações daquele Lensei (retiro espiritual).

Contemplando o local, refleti que a fauna e a flora da região devem ser muito felizes ali. Diariamente se fazem preces, cânticos, recitações inspiradas e o resultado é um clima benéfico de muita luz e harmonia.

E este é um dos ensinamentos da PL ao longo do Leisei: levarmos para as nossas casas, para as nossas atividades no dia a dia, durante o ano de 2010, aquelas ótimas vibrações de paz e bonança.

Reverências a todos os mestres, assistentes de mestres, seminaristas, missionários e demais voluntários que fazem do Seiti, realmente uma Terra Sagrada.

Reverências também ao Mestre Superior do Brasil, Yoshihiro Ogata e a Sua Eminência Oshieoyá-Samá, Patriarca da PL, no Japão.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Centenário de Chico Xavier

Chico Xavier 2010
(Centenário 12/04/1910 – 12/042010)

Partirei desta vida sem um níquel sequer...

Tudo que veio a mim, em matéria de dinheiro, simplesmente passou por minhas mãos.

Graças a Deus, a minha aposentadoria dá para os meus remédios... roupas... os amigos, quando acham que estou mal vestido, me doam... sapatos... eu custo a gastar um par... Em casa, a nossa comida é simples...

Não tenho conta bancária, talão de cheques, nenhuma propriedade em meu nome, a não ser esta casa que eu já passei em cartório para outros, tenho apenas o usufruto...

Nunca tive carros, nem mesmo uma carroça...

De modo que, neste sentido, nada vai me pesar na consciência. Fiz o que pude pelos meus familiares, se não fiz mais, é porque mais eu não podia fazer...

Nunca contei o dinheiro que trazia no bolso, mesmo aquele que alguns amigos generosos colocavam no meu paletó...


- Chico Xavier psicografou mais de 400 livros e doou os direitos autorais, de todos estes livros, muitos já publicados no exterior, para obras de caridade.

- fonte: Agenda Chico Xavier 2010, editora Eme.

www.editoraeme.com.br

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Losar - Ano Novo Tibetano

Ontem, o Grupo Sákya do RJ, comemorou de forma antecipada o Losar, Ano Novo Tibetano.

Tivemos uma agradável prática: recitação de mantras, preces, meditação silenciosa, leitura orante, reza de Tara e por fim nos foi ensinado pelo professor-fundador-orientador sobre a vida e a obra de Guru Rinpochê, o grande mestre Padma Sambhava. Mais adiante iremos estudar, com maiores detalhes, a sua abençoada existência através de uma novela que Rogel Samuel escreveu e já está no site, na íntegra.

É interessante que, com todo o respeito e reverência, temos encontrado profundas semelhanças entre os ensinamentos tibetanos Sákya e as linhagens esotéricas Tendai e Shingon, que o sábio Nichiren (1222-1288) estudou no mahayana japonês.

Isso confirma a unidade, unicidade do caminho búdico. Pequenas diferenças são apenas culturais, de região para região.

A todos, os melhores votos de um Feliz Ano Novo com saúde e prosperidade !

http://sakyakunkhiabcholing.blogspot.com

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Manifesto Ecobudista Brasileiro

Recebemos do praticante e conceituado professor de Budismo, Cláudio Miklos, o textos abaixo que, por sua fundamental importância transcrevemos na íntegra. Concordamos, plenamente com o teor do mesmo.

MAITREYA: MANIFESTO ECOBUDISTA BRASILEIRO POR UM BUDISMO OCIDENTAL

A todos,

Segue a íntegra do documento a favor da prática ecológica budista, elaborado por professores e praticantes budistas e apresentado no Forum Social.

MAITREYA:MANIFESTO ECOBUDISTA BRASILEIRO POR UM BUDISMO OCIDENTAL.Dedicado à memória do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009)Gate, gate, hara gate, haraso gya te bodi sowa ka hannya shingyoIda! Ida! Ida para a outra margem! Ó Iluminação. Salve!...Sutra do Coração da Plena CompreensaoAPRESENTAÇÃONós, ecologistas e budistas brasileiros não-sectários, sob os auspícios da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, AGAPAN, temos a honra de encaminhar ao FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2010 o “MAITREYA: MANIFESTO ECOBUDISTA BRASILEIRO POR UM BUDISMO OCIDENTAL” A finalidade deste documento é estabelecer uma agenda comum para a reflexão, discussão e ação entre budistas, ecologistas e outras pessoas interessadas. Definimos o ecobudismo como o movimento que gravita em torno desta agenda comum. O presente MANIFESTO ECOBUDISTA BRASILEIRO, soma-se a outras manifestações suscitadas pela crise ecológica provenientes do mundo budista, especialmente o documento The Time to act is Now – A Buddhist Declaration on Climate Change, abaixo-assinado, subscrito por lideranças budistas do oriente e do ocidente, encaminhado aos governos que se reuniram em Copenhague (dezembro de 2009) para deliberar sobre o aquecimento global.POR QUE ECOBUDISTA?O termo ECOBUDISTA do MANIFESTO tem como objetivo enfatizar a questão ecológica como um movimento no interior do budismo e propor ao movimento ecológico um espaço e uma atenção para o budismo como paradigma ecológico não-ocidental. Acreditamos que tanto o budismo ocidental, em processo de formação, como o movimento ecológico, atualmente em estado de impasse ou retrocesso, sairão ganhando com esta mutualidade. Nós, budistas brasileiros e ocidentais, sabemos que o budismo é asiático e não contribuiu para a crise ecológica instaurada pela europeização do mundo. O pensamento búdico está nas antípodas do fundamentalismo eurocêntrico suicida que preside nossas atitudes ecocidas e etnocidas diante da natureza e das culturas não-ocidentais. A nossa condição de brasileiros e ocidentais nos coloca o desafio de não participarmos na criação de um budismo ocidental aquém do budismo original, degradado, desvinculado e descomprometido com a nossa realidade, adaptado e integrado aos aspectos predatórios e entrópicos da nossa cultura.Por outro lado, o eurocentrismo que preside os atuais impasses do movimento ecológico e a institucionalização da questão ecológica pelos estados nacionais, sem a consciência das origens culturais e institucionais da crise civilizatória global está dando sinais de esgotamento. Portanto, a proposta do ECOBUDISMO visa construir uma ponte entre budismo e movimento ecológico. Acreditamos que esta conexão pode gerar uma sinergia na qual os dois processos serão intensificados. A ecologização do budismo ocidental pode contribuir para nos tornarmos mais budistas e o budismo pode contribuir para nos tornarmos mais ecológicos.POR QUE MAITREYA? O fenômeno da globalização, nos seus aspectos mais auto-destrutivos e predatórios, deu-se através da europeização do mundo. Atualmente existe um amplo consenso entre budistas e ecologistas sobre o papel decisivo da cultura ocidental na configuração e na universalização da crise ecológica e civilizatória global. Muitos ocidentais, budistas, não-budistas e ecologistas, consideram que o budismo é o paradigma ecológico por excelência. Conseqüentemente, consideramos que o budismo, originário da Ásia, tem a potencialidade de se estabelecer no ocidente dando uma contribuição decisiva para o desenvolvimento de um novo projeto de civilização. Por esta razão escolhemos como símbolo e inspiração do ECOBUDISMO a figura de MAITREYA, o Buda Futuro. A iconografia budista há séculos representa o Buda Maitreya como um homem de olhos azuis, sentado numa cadeira à maneira ocidental. É significativo que ele não esteja sentado na postura de lótus, normalmente identificada com o hinduísmo e o budismo extremo-oriental, e tenha olhos azuis, típicos de um ocidental. As imagens do Buda Maitreya evocam na sua simbologia uma antiga premonição budista sobre o futuro do budismo e o budismo do futuro associados ao mundo ocidental, vale dizer, ao mundo globalizado e ocidentalizado em que vivemos.POR QUE A HOMENAGEM A LÉVI-STRAUSS?Dedicamos o presente MANIFESTO a Claude Lévi-Strauss, célebre antropólogo franco-belga, recentemente falecido, por quatro razões. Lévi-Strauss teve ao longo da sua vida e na sua obra (1) uma profunda ligação com o Brasil; (2) com as culturas indígenas remanescentes existentes em nosso país; (3) com o budismo, pois se considerava, praticamente, budista; (4) com a questão ecológica, vista como processo entrópico da civilização. “Num plano geral, parece-me que o homem só se salvará reencontrando uma modéstia da qual o estudo das mais humildes entre as sociedades humanas pode, enquanto elas existam, ajudá-lo a reencontrar o caminho. Não é só o homem que é respeitável, porém a vida sob todas as suas formas. Tudo aquilo que o homem ganha à custa da vida torna-se uma ameaça para o homem. “ (...) “Acrescentarei ainda isso: no momento em que o homem é respeitável, não é somente o homem civilizado de ontem ou de hoje; é o homem total. De todos os grandes sistemas filosóficos do oriente e do ocidente, um só, parece-me, soube compreender esta necessidade, vital para o homem, de devolver o homem ao seu lugar; é o budismo, em direção ao qual eu afirmaria a minha total simpatia, se este termo, aplicado a uma religião constituída, pudesse ter um sentido na boca daquele que lhe fala. Mas precisamente, nos seus limites, o budismo se aboliu ele mesmo como religião. Eis porque, se eu vivesse numa sociedade que me obrigasse a professar uma religião, não me incomodaria de ser budista.” Lévi-Strauss, em numerosas oportunidades, afirmou a sua admiração sem limites pelo budismo, “a maior crítica do sentido de que a humanidade já se revelou capaz de fazer”, chegando a considerar uma tragédia civilizacional o budismo não ter chegado ao ocidente nos primórdios da nossa história, fato que poderia ter reorientado nossa civilização: (...) “esta lenta osmose com o budismo que ter-nos-ia cristianizado mais e num sentido tanto mais cristão quanto seríamos levados aquém do cristianismo.” Lévi-Strauss foi o antropólogo com a visão mais singular, mais radical e crítica do processo civilizatório como entropia ecológica e cultural. A inércia institucional, a inconsciência e a incapacidade de mudar que caracteriza a civilização atual, na visão do antropólogo, podem ser entendidas como dimensões de irreversibilidade dos processos entrópicos. A ordem interna da civilização produz no meio natural uma desordem maior do que a ordem que ela cria. Esta formulação é mais radical do que a compreensão corrente da questão ecológica. Portanto, por estas razões dedicamos o presente MANIFESTO à memória de Lévi-Strauss.

IA CRISE ECOLÓGICA E A MORTALIDADE DA ESPÉCIEO fato fundamental, ponto de partida das considerações que seguirão, é que a crise ecológica coloca pela primeira vez para nós, ocidentais, a mortalidade da nossa espécie e o iminente colapso da civilização. Entretanto nossa cultura, a tradição ocidental herdada, tem dificuldade em aceitar a morte individual e, decididamente, não contempla a mortalidade da nossa espécie, questão recente, instaurada pela crise ecológica. O termo latino “horror vacui”, o horror do vazio, expressa nosso medo da morte. Já o budismo contempla a possibilidade da destruição completa da vida através do Karma coletivo da humanidade. (Vasubandhu, Abhidharmakosha, capítulo III). Portanto para nós, ecobudistas brasileiros, o atual contexto de crise nos coloca a questão da mortalidade da nossa espécie como o horizonte filosófico-religioso da nossa prática. No horizonte desta caminhada, a busca do entendimento da nossa própria cultura e do ensinamento de Buda são inseparáveis. Esta inseparabilidade é o aqui-agora imediato, local-global em que, como ocidentais, estamos constantemente. O lema do movimento ecológico “PENSAR GLOBALMENTE E AGIR LOCALMENTE” é o aqui-agora que integra e constitui a aqui-agorização do ecobudismo.

IIPÂNICO, ANGÚSTIA, MEDO, EVASÃO E IMPASSEConstatamos a generalização dos sintomas de pânico, angústia, medo, depressão, atitudes de onipotência-impotência-indiferença e mecanismos de fuga, uso de drogas, super-ocupação, consumismo, fanatismo esportivo, cultos religiosos, cultura do corpo, regimes alimentares, diversões, espetáculos, distração na mídia, etc., tudo para evitar pensar e tomar contato com a realidade da morte e da falta de sentido. Constatamos uma inércia individual, coletiva, política e institucional que paralisa atitudes e encaminhamentos realistas e responsáveis diante da crise ecológica e civilizatória. As “soluções” apresentadas, “direitos das gerações futuras”, “desenvolvimento sustentável”, “créditos de carbono”, legislação ambiental, ministérios do meio ambiente, ONGs, discursos de políticos, novas tecnologias, etc., são placebos que tranqüilizam e dão a impressão de que são soluções. No entanto elas iludem e desviam a atenção do principal que é a mortalidade da espécie. As tentativas de entendimento e de equacionamento vigentes na nossa cultura política, o espectro ideológico esquerda-centro-direita, parecem defasadas, deficientes, insuficientes e aquém da própria crise. Por outro lado a complexidade da civilização atingiu tal grau que é uma presunção ingênua qualquer pessoa ou instituição pretender ter a solução dos seus grandes problemas. O impasse de todo este contexto de crise sem precedentes coloca o desafio de nos prepararmos, espiritual e politicamente, para os tempos difíceis, presentes e futuros. Então, o quê nós, budistas brasileiros, podemos fazer? IIINOSSA CONDIÇÃO DE INDIGÊNCIA POLÍTICAOs encaminhamentos recentes, dados pelos poderes deste mundo à problemática do aquecimento global, evidenciam que a humanidade está na mais total indigência política. Neste sentido o fracasso dos governos no espetáculo midiático de Copenhague é emblemático e exemplar. Trata-se do último elo de uma corrente de fracassos governamentais que se inicia na primeira Conferência Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, organizada pela ONU e realizada em Estocolmo em 1972, passa pela ECO-92, pelo Protocolo de Kyoto e outras numerosas iniciativas abortadas por décadas de inércia governamental. A crise financeira internacional é o exemplo mais recente do impasse civilizatório e do estado de indigência política em que nos encontramos. Em poucos meses governos nacionais com posições políticas divergentes não hesitaram em investir cerca de 15 trilhões de dólares no sistema financeiro internacional, visando evitar o colapso econômico. O fato é que especialistas estimam que políticas públicas conseqüentes em relação ao aquecimento global estariam na ordem de 100 bilhões de dólares por ano. Quantias desta ordem foram cogitadas em Copenhague. No entanto, contrastando com os meses que os governos levaram para chegar ao consenso quanto à necessidade deste investimento trilionário, quatro décadas de reconhecimento oficial da crise ecológica foram insuficientes para se chegar a um consenso mínimo em Copenhague sobre um problema infinitamente maior e mais grave. O fato mais espantoso é que atualmente existem numerosas alternativas políticas e tecnológicas para enfrentar o aquecimento global e os demais problemas ecológicos. No entanto estas alternativas não são levadas em conta. Nunca existem recursos públicos para a sua implementação. Vivemos o paradoxo de uma imensa riqueza de meios a serviço de uma indigência de fins.Diante desta realidade uma agenda ecobudista impõe numerosas perguntas: O quê nós, ecobudistas, podemos fazer? Como o ensinamento de Buda pode nos ajudar a entender esta realidade? O lema do movimento ecológico “PENSAR GLOBALMENTE E AGIR LOCALMENTE” pode balizar nossa prática? Qual é e qual deve ser o papel dos governos nesta conjuntura? Quais são os fatores que atualmente estão impedindo a implementação de políticas públicas e de iniciativas civis que respondam ao desafio sem precedentes com o qual nos defrontamos? Qual é o papel do ESTADO na atual conjuntura de crise multidimencional de uma civilização complexa, interdependente e global? Quais as origens da crise ecológica e o que a constituem e mantêm como crise? Estas e muitas outras perguntas devem ser feitas com insistência, mesmo que fiquem sem resposta por muito tempo. As respostas a estas perguntas não são simples e nem fáceis. É neste contexto de crise e de indigência política que estamos encaminhando ao FÓRUM SOCIAL MUNDIAL o presente MANIFESTO ECOBUDISTA BRASILEIRO POR UM BUDISMO OCIDENTAL: MAITREYA, trazendo uma contribuição para a tarefa coletiva de ajudar budistas e não-budistas a pensá-las.IVPATOLOGIA E AMBIGÜIDADE: GLOBALIZAÇÃO X PLANETARIAZAÇÃO“Vocês sabem que as árvores falam? Bem, elas falam. Falam entre si e falam para você se você escutar. O problema é que os brancos não escutam. Eles nunca escutaram os índios, logo suponho que não escutem outras vozes da natureza.” (Tatanga Mani, 1871-1967)Há séculos, não-ocidentais observam a nossa concepção de separação da natureza e nossa crença na superioridade da nossa cultura como uma doença e como uma forma de arrogância. A normalidade do nosso cotidiano, regida pela separatividade da nossa cultura eurocêntrica e antropocêntrica é vista como uma patologia. Atualmente esta concepção é insustentável e perversa para um número crescente de pessoas. A crise ecológica indica que podemos estar no limiar de uma transição sem precedentes na história humana. Ou não. Temos indícios de que já podemos estar no início de um renascimento cultural planetário, capaz de mobilizar todas as nossas energias criadoras. Mas ainda são indícios. Estamos diante do desafio de uma transição crítica da globalização para planetarização. Mas não sabemos se esta transição vai se dar. Vivemos um processo de globalização predatória ecocida, etnocida e suicida que tem suas origens na cultura ocidental. Esta globalização é um desequilíbrio entrópico que destrói a biodiversidade e a diversidade cultural através da concentração crescente do poder político e econômico. A planetarização se orienta para a conservação da biodiversidade e da diversidade cultural, a autonomia e a auto-suficiência, a descentralização do poder, a minimização da entropia.
V
CRISE ECOLÓGICA: UMA DESCOBERTA RECENTÍSSIMA DO OCIDENTE“Os índios americanos vêm tentando explicar isso aos europeus há séculos. Mas, como eu já disse antes, eles se mostraram incapazes de ouvir. A ordem natural vencerá e os ofensores morrerão do mesmo modo que os servos morrem quando ferem a harmonia superpovoando uma dada região. É apenas uma questão de tempo até que o que os europeus denominam ‘uma catástrofe de proporções globais’ ocorra.” (Russel Means, índio Lakota)O ecologista José Lutzenberger, fundador da AGAPAN, considerava que a crise ecológica começou há milênios, nos impérios da antiguidade, com seus grandes sistemas de irrigação e a produção de um excedente agrícola. A crise civilizatória tem sido uma temática constante na tradição ocidental, deste os tempos de Platão, no século IV antes de Cristo, até nossos dias. Nos séculos XIX e XX, os maiores pensadores ocidentais se ocuparam da crise da cultura ocidental-européia (Marx, Nietzsche, Husserl, Spengler, Freud, Toynbee, Heidegger, Valéry, Mumford, Sartre, Jaspers, Sorokin, Schweitzer e numerosos outros). Mas seus pressupostos culturais partiam da separação entre humanidade e natureza, a crise ecológica da civilização, na s concepção antropocêntrica de crise, sem perceber que a própria separação pressuposta era constitutiva da crise. A questão ecológica começou a ser objeto de questionamento, estudo e reflexão no ocidente somente a partir da segunda metade do século XX. A publicação da obra Os Limites do Crescimento (1972) teve um impacto mundial: pela primeira vez foi colocado cientificamente o dilema da inviabilidade do crescimento econômico ilimitado e da explosão demográfica em um planeta de dimensões finitas como é a Terra. Foi um marco. A Era Espacial inaugurou a observação da Terra a partir de imagens fornecidas por satélites artificiais, contribuindo para a formação da consciência ecológica. VIA TERRA AINDA É CHATA“A Terra é azul.” (Yúri Gagarin, russo, primeiro astronauta a ver a Terra do espaço).“Estou firmemente convencido de que foi criada uma consciência cósmica. Pelo menos na América se deu o caso que as fotos que os astronautas trouxeram da Lua causaram uma tremenda impressão nos ecólogos daqui. Por quê? Elas nos mostraram pela primeira vez um quadro da nossa minúscula Terra com suas limitadas fontes de matéria-prima, sua tênue capa atmosférica e sua vulnerabilidade a abusos. O homem pode ver aí a nave espacial Terra com suas população de três e meio milhões de astronautas e um sistema de suporte de vida muito fácil de envenenar. Tudo aquilo que os ecólogos vinham pregando há anos ficou subitamente bem aparente.” (Werner Von Braun, chefe da NASA, começo da Era Espacial).Portanto, consciência ecológica é um acontecimento recentíssimo na história intelectual da nossa cultura. Apesar da Era Espacial, a ordem social da nossa civilização, nossas instituições, nossas crenças e a nossa concepção de política são tributárias de uma época em que ainda se acreditava que a Terra era chata. Nosso projeto de civilização, baseado na separação entre humanidade e natureza, evidencia uma deficiência, estreiteza, unilateralidade e carência nos próprios fundamentos da tradição ocidental herdada. Entretanto, mesmo atualmente, já no início do século XXI, ainda são poucas as lideranças políticas, econômicas e intelectuais que tem uma compreensão da gravidade e do caráter sem precedentes da crise ecológica, sobretudo no que diz respeito às suas origens nos nossos fundamentos culturais e nas nossas instituições. A inconsciência dos fundamentos eurocêntricos da crise ecológica determina o seu diagnóstico equivocado, superficial e periférico. Até hoje nossos maiores artistas e intelectuais, nossa comunidade científica, nossos tecnólogos, nossas lideranças políticas e empresariais equacionam a crise ecológica a partir dos efeitos e não das causas. Conseqüentemente, consideramos que a crise ecológica não pode ser entendida nem diagnosticada no interior do paradigma eurocêntrico-antropocêntrico, causador da própria crise.VIIOS LIMITES EUROCÊNTRICOS DO MOVIMENTO ECOLÓGICO“É estranho, mas ao tentar encontrar soluções para os problemas dos índios, as autoridades consultaram todas as pessoas, menos os índios. Muitos de nós poderíamos oferecer bons conselhos nesta questão.” (Tatanga Mani, 1871-1967) A visão da problemática ecológica, os objetivos, métodos, a caminhada e a institucionalização da problemática trazida pelo movimento ecológico apresentam sinais de esgotamento que configuram uma inércia e um impasse a ser avaliado. A concepção eurocêntrica que preside a questão ambiental corresponde à crítica de Tatanga Mani: “Talvez não tenha ocorrido a muitos brancos que as pessoas vermelhas, pretas e amarelas podem ter boas idéias sobre como satisfazer as necessidades do mundo.” A institucionalização da questão ambiental tal como se dá atualmente em todo o mundo, engessa, limita, exclui e não resolve os problemas ecológicos. Onde estão as culturas não-ocidentais e as culturas tradicionais? Consideramos que a cultura ocidental gerou uma problemática ecológica que exige mudanças radicais no âmbito das instituições e sem precedentes na história. Não há possibilidade de superação dos impasses de um novo projeto de civilização - e é disto que se trata – sem que as próprias instituições sejam repensadas como fatores entrópicos e inerciais constitutivos da crise ecológica. Nossa cultura política ainda é muito primitiva. A questão social tem bem pouco tempo era vista não como um problema político, mas como uma questão de polícia. Temos que deslocar a visão da ciência experimental da natureza para o campo das instituições e encará-las como experimentos sociais falíveis e provisórios, geradores de novos conhecimentos. A crise ecológica e civilizatória e as mudanças necessárias para a sustentabilidade são tão incríveis que, nas palavras de René Dubos, poderiam até causar pânico. Mas esta mutação está a exigir a redefinição do papel do Estado no monitoramento das mudanças, pois a complexidade da civilização não pode dispensar esta instituição. Nossa cultura confunde valor com preço. Conseqüentemente, a comercialização de créditos de carbono e a monetarização da questão ambiental parece ser a continuação do enfoque mercantilista da natureza, causa da própria crise ecológica. ETC.ETC.ETC.
VIII
A “ENTROPIOLOGIA” E A COMUNIDADE CIENTÍFICANo livro Triste Trópicos, Lévi-Strauss propôs a criação de uma nova ciência, que ele considerava muito mais importante e urgente do que a sua especialidade científica: a “entropiologia”. Esta ciência teria como objeto o estudo dos processos de degradação irreversível da ordem e da complexidade biológica e cultural que constituem o processo de desenvolvimento da civilização. Sintomaticamente, até hoje a comunidade científica não levou a sério a proposta de criação da “entropiologia”, deixando de desenvolver uma ciência que, mais do que qualquer outra, poderia nos apontar saídas para a crise em que nos encontramos. Portanto, dirigimos à comunidade científica o apelo para que a “entropiologia”, por ele sugerida, seja levada seriamente em consideração de maneira a se constituir como uma nova ciência. Na perspectiva ecológica de um novo projeto de civilização, diante das limitações dos à priori ideológicos e seus compromissos com a ordem social antropocêntrica e eurocêntrica, a entropiologia como conhecimento de diferentes formas de redução da entropia pode vir a proporcionar critérios fundamentais e objetivos para a avaliação e desenho de novas instituições. O budismo tem uma concepção do que é condicionado e convencional de uma grande riqueza e importância para a compreensão da interdependência, da não-separatividade e da entropia. É necessário reunir budistas, ecologistas e pessoas interessadas na relação budismo-movimento ecológico e o que se poderia denominar de “institucionalismo experimental”.

O MELHOR LUGAR DO MUNDO É AQUI E AGORA“Mas por que no nosso céu não existem animais?” (Albert Schweitzer, prêmio Nobel da Paz em 1954, organista, teólogo, médico e filantropo).Nós, budistas brasileiros e ocidentais, demos um passo, rompendo o círculo vicioso do eurocentrismo, ao descobrir nos fundamentos do budismo um outro sentido para a condição humana neste planeta. O ensinamento fundamental de Buda é a não-dualidade e a inseparabilidade homem-natureza. O budismo é precioso para nós porque desconhece e não reconhece a separação entre religiosidade e cientificidade que dilacerou o ocidente, “Acreditar que um Deus nos criou: eis o que nos tornou loucos”, afirmou Alan Watts. “Não é o budismo que deve prestar contas à ciência, mas é a ciência que deve prestar contas ao budismo”, escreveu Carlo Formichi. A vida na Terra está sendo destruída com um dilúvio de justificativas, explicações e informações. Mas nenhuma explicação é possível e necessária para o fato de estarmos vivos. A suprema dignidade da vida é perdida quando se atribui um fundamento e uma finalidade à condição humana. O budismo afirma a raridade e o privilégio de sermos humanos no interior de uma incomensurável multidão de outras formas de vida. O simples fato bruto da nossa existência já é uma condição de plenitude e de dignidade que não pode ser degradada com explicações. Descobrimos que não somos separados da natureza, de outras culturas, da nossa própria cultura e nem de nós mesmos. Começamos a entender que um outro mundo não apenas é possível, mas a condição indispensável para a sobrevivência da humanidade e de tudo o que a civilização produziu de melhor e de mais dignificante para a condição humana. AGENDAEste Manifesto tem como objetivo ser um momento inaugural de um MOVIMENTO muito mais amplo, em que através de encontros e seminários, sigamos rumo à construção de um pensamento-ação ecobudista. Como sugestão para iniciarmos esta caminhada conjunta, levantamos alguns temas para a organização de uma AGENDA ECOBUDISTA que terá início neste ano, e que esperamos possa inspirar todas as comunidades budistas a contribuírem com reflexões e ações para cuidar de nosso planeta e beneficiar a todos os seres.ESPIRITUALIDADE BUDISTA E CRISE – EDUCAÇÃO ECOBUDISTA – TECNOLOGIAS INTELIGENTES – RETIRADA ESTRATÉGICA: CUIDANDO DO PLANETA – AUTOCRÍTICA DO BUDISMO: POR UM BUDISMO BRASILEIRO - BUDISMO E ECUMENISMO – PÂNICO E DEPRESSÃO – ENTROPIA E ENTROPIOLOGIA – ETC.


Celso Marques Hen-Sho, Ex-Presidente e atual Conselheiro da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, AGAPAN, membro da comunidade Budista Soto Zen Shu, São Paulo, Brasil.

Joaquim Monteiro, Monge Shaku Shoshin-Jodo Shinshu Honpa Honganji.

Ana Luiza Costa Muso, Discípula do Mestre Zen Daigyo Moriyama, Abade do Zuigakuin International Zen Center, Japão.



APOIAM ESTE DOCUMENTO:

Eduardo Finardi, Presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, AGAPAN.

Chagdud Khadro e Jigme Rinpoche, Chagdud Gonpa.

Lama Padma Samten, Centro de Estudos Budistas Bodisatva - CEBB.

Tam Huyen Van (Cláudio Miklos) - Praticante budista leigo, escola zen vietnamita InterSer (Tiep Hien) - Presidente do Colegiado Buddhista Brasileiro.

Rev. Prof. Dr. Ricardo Mário Gonçalves (Shaku Riman), Historiador, Missionário da Ordem Otani de Budismo Shin.

Monja Isshin Havens - Sanga Águas da Compaixão (Jisui Zendo, Comunidade Zendo Sul).

Enio Burgos, médico, escritor, discípulo de Thich Nhat Hanh e SS o Dalai Lama, Presidente da Associação Meditar e Editora Bodigaya.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Doutrina Budista

Toda terça-feira, das 18:30 às 19:30, na ABPY - Associação Brasileira de Profissionais de Yoga, Rua Gonzaga da Gama, 40 - Tijuca, RJ.

Estudo e prática da Doutrina: leitura das Escrituras Budistas, meditação, recitação de preces, orações e visualizações.

Mantra de Yakushi Nyorai - o Buda dos Remédios na tradição mahayana do Sutra Lótus.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Lensei na PL

Lensei na PL

Lensei é o retiro da PL – Perfeita Liberdade. Ao pé da letra, Lensei quer dizer “aprimoramento espiritual”.

Participamos do “Lensei de Abertura da Sorte 2010”, que se realiza no mês de janeiro de cada ano. Tivemos a alegria de estar no último fim de semana em Arujá, SP, no Seiti, isto é, Terra Sagrada da PL no Brasil.

Exatos 1000 (mil) participantes de diversos estados brasileiros, e mais caravanas da Argentina, Paraguai, Portugal, Espanha, Áustria e Japão. Sem contar o pessoal de apoio na recepção, atendimento, cozinha, administração etc, portanto, mais de mil pessoas.

A ênfase do ano é a prática dos ensinamentos.

Nos fez lembrar do Buda que, antes de desencarnar, recomendou aos discípulos que praticassem o Darma, isto é, os ensinamentos.

Lembramos também dos kardecistas que enfatizam tanto o estudo da Doutrina Espírita.

Ou seja, iluminação é praticar, seguir, estudar, realizar, concretizar os ensinamentos.

www.aberturadasorte.blogspot.com

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Buda Ampara Você

Você nunca esteve só.
Pai e mãe,
Avô e avó,
Irmãos e irmãs,
Professores e amigos,
Pessoas desconhecidas,
Sempre houve quem amparasse você.

E, antes que se desse conta
Buda passou a amparar você.

Num programa científico de televisão que acaso sintonizou,
O apresentador afirmou com cara de quem entende:
“Nós descendemos de peixe”.

Não obstante,
Você foi criado como ser humano,
Tanto sua alma, como seu corpo.

Ó grande rio da ingratidão,
Solidão de centenas de milhões de anos.

Com um leve sorriso,
Buda continua apoiando, mesmo hoje.
Buda, em silêncio, ampara
A sua família,
O seu e os outros países,
O seu planeta e o seu universo.
Simplesmente, continua a amparar.

- poesia de Ryuho Okawa, patriarca da linhagem budista, revista Ciência da Felicidade, nº 159, agosto/2008.

- De acordo com a Ciência da Felicidade, Buda e Deus são sinônimos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Poder da Visualização

Visualiza
A ti mesmo levantando-te
Sobre os teus próprios pés.

Visualiza-te
Alegre,
Sadio
E repleto de energia.

Visualiza
A tua família feliz
E a tua casa como o alicerce da utopia

Visualiza-te
A ti e a tua esposa
Superando todas as dificuldades
E juntos passando a vida,
Já que o vínculo do matrimônio se estende
Ao passado, ao presente e ao futuro.

Visualiza
A luz da fé penetrando todo o teu corpo
E curando toda doença.

Visualiza-te
Abençoado com gente que te apóie,
Abençoado com abundância de recursos,
E bem sucedido no trabalho.

Visualiza
Teus filhos crescendo,
Tornando-se adultos maravilhosos.

A visualização
É o guia do teu futuro.
Os pensamentos conceituais que se emitem reiteradamente
Realizam-se incontestavelmente.

- poesia do mestre Ryuho Okawa, patriarca da linhagem budista contemporânea, revista Ciência da Felicidade, nº 145, junho/2007.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Japão - Rio

Recebemos hoje, honroso e-mail de Carlos Mello, monge (discípulo ordenado) da linhagem Ciência da Felicidade.

Luiz Carlos de Mello é um monge brasileiro radicado no Japão que trabalha no Departamento Internacional da Divisão de Difusão para Estrangeiros na sede, em Tókyo.

Ele atua diretamente ligado ao patriarca Mestre Ryuho Okawa. Na pauta dos assuntos, entre outros temas, a criação de uma unidade de expansão da Ciência da Felicidade na Mui Heróica e Leal Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, para muito breve.

No estado de São Paulo já são 5 locais de expansão e um templo-vihara.

Bem-vindo mestre Ryuho Okawa, bem-vindo Carlos, reverências à Ciência da Felicidade, uma linhagem contemporânea que está presente em todos os continentes.

www.cfelicidade.com.br

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sites Theravadas

Tenho em mãos a revista Forest Sangha Newsletter, nº 84, publicada na Inglaterra. Na última capa há uma série de bons sites. Quem gosta de navegar ... boas pesquisas...

Grã-Bretanha:
www.fsnewsletter.org ; www.amaravati.org ; www.forestsangha.org

www.ratanagiri.org.uk ; www.cittaviveka.org ; www.hartridgemonastery.org

Itália:
www.santacittarama.org ;

Suíça:
www.dhammapala.org

USA:
www.abhayagiri.org

Canadá:
www.tisarana.ca ; www.arrowriver.ca ; http://birken.ca

Austrália:
www.bswa.org.au ; http://santifm1.0.googlepages.com

Nova Zelândia:
www.bodhinyanarama.net.nz ; www.vimutti.org.nz

Tailândia:
www.watpahnanachat.org

domingo, 24 de janeiro de 2010

De Nagarjuna para Amida

Eu me curvo diante de Ti, ó Amida
A quem adoram o céu e a terra
Onde reina a paz de incontáveis seres
Que são envolvidos por Ti
Desde todo o sempre.

Vemos que estás sentado com as pedras de Avalokita na coroa
Esmagas o mal e os pensamentos errôneos
Portanto, a Ti me submeto !

Tua virtude não conhece comparação
E como vácuo é brilhante e livre
Sem obstáculos sãos os
Trabalhos da graça
Portanto, a Ti me submeto !

Todos os santos seres vem de
Todas as terras
Eles produzem divinos poderes
Para que Te possam ver e cultuar
Ó Tathágata
Portanto, a Ti me submeto.

Falo das virtudes que são Tuas
E que são ilimitadas como o mar
Com os outros compartilho o que é meu
E busco o Teu lugar para
Estar junto de Ti !

- trechos de um hino cantado, há séculos, pela escola japonesa Terra Pura (Diôdo Chinchu, respeitamos a grafia). Foi escrito por Nagarjuna, o primeiro dos sete patriarcas desta linhagem. Louva a beleza e sacralidade da Terra Pura que manifesta as virtudes do Buda Amida (Amithaba, em sânscrito, O Buda da Luz Infinita) e expressa o desejo de nascer neste búdico paraíso. Texto completo e partitura no Livro dos Ofícios Religiosos, 158 páginas, 1989.

- O iluminado Nagarjuna é tão importante para o Budismo Mahayana que, diversas escolas, linhagens, ramos e sub-ramos o tem como patriarca. Viveu entre os anos 150 e 250.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Prece

Om Arya Tara,
por favor,
abençoe, proteja e guarde
todos aqueles que lerem esta prece
e este blog.

- oração escrita após fazer as práticas recomendadas pelo Centro Sákya-RJ, hoje.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Marici

Hoje à tarde tivemos no Centro Sákya, RJ, mais um encontro quinzenal de práticas espirituais. O astral sempre do bom e do melhor, as pessoas idem e os proveitos, muitos.

Entre outros ensinamentos fizemos a antiqüíssima Prática de Marici. Recitamos e reverenciamos este importante e profundo treinamento espiritual da Divindade Marici. O professor orientador-fundador de nosso grupo Sákya-RJ, esclareceu que os lutadores ninja prestam saudações e homenagens à Marici.

Marici significa Raio de Luz e no antigo budismo mahayana chinês era conhecida como Moli-ji, uma divindade com características solares.

Os seguidores das linhagens Nichiren, no Japão, também reverenciam Marici ou Marishi, às vezes também chamada de Marishi Ten. É a protetora dos samurais. Os simbolismos budológicos de Marishi são muito grandes, imensos, nossa gratidão aos guardiães da linhagem Sákya por nos permitir também louvá-la em pleno Largo do Machado, RJ.

Vida longa aos praticantes Sákya em todo o mundo e, em especial, à Sua Santidade Sákya Trizim, o patriarca da escola que, em 1995, criou nosso grupo, através do professor-orientador-fundador.

http://sakyakunkhyabcholing.blogspot.com

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Arcebispo

Nosso mestre (Odoshi) Kyohaku Correia, abade do Nyorenji (Templo da Flor de Lótus) de Coritiba foi alçado ao cargo de Arcebispo. È o grau máximo da HBS em terras brasileiras. Odoshi era bispo das cidades de Curitiba, Londrina e Sarandi.

Para comemorar a data, os praticantes da capital paranaense lançaram um bonito calendário de 2010 com as datas do Budismo Primordial.

Marcos Eduardo Purificação Correia é brasileiro, sem ascendência nipônica, nasceu em 20/11/1967 e foi ordenado no Japão, em 1980. É professor de Língua e Literatura Japonesa graduado pela Universidade Budista de Kyoto. Viveu 10 anos consecutivos no país do Sol Nascente e anualmente visita aquela terra. É casado com uma japonesa, tem dois filhos e uma filha que acabou de nascer em 2009.

Marcos também é tradutor e escritor, autor de O Que É Primordial - Budismo 100 Anos, 440 páginas, 2008. É redator e editor da revista Lótus que existe há 10 anos.

Parabéns, reverências e os melhores votos de pleno êxito à missão !

www.budismo.com.br

domingo, 17 de janeiro de 2010

Maboe

É uma atividade espiritual ao ar livre, da Sukyo Mahikari, uma denominação religiosa que vem do Japão. E hoje, domingo, 17/01/10, um grupo de kamikumitês (praticantes) estão no Aterro do Flamengo, Rio, oferecendo okiyome (arte mahikari = imposição de mãos) para os passantes que desejarem receber a Luz Divina. Estão oferecendo também revistas mensais e folhetos.

A revista Sukyo Mahikari em seu nº154, janeiro de 2010, informa que, em novembro de 2009, aconteceu no Japão, na cidade de Takayama, as comemorações dos 50 anos de fundação da Arte Mahikari. Estavam presentes nas cerimônias 240 brasileiros de diversos estados, além de caravanas de outros países.

A Mahikari hoje está presente em 75 países, abrangendo 90 grupos étnicos e atingiu a casa de 1 milhão de praticantes.

Nesta citado conclave, o dojo (templo) de São Paulo foi autorizado a ministrar Seminário Superior, antes os seminários superiores só eram realizados na Terra do Sol Nascente. Aliás, o Brasil é o primeiro país a receber tal outorga.

Em uma cidade do interior do estado de São Paulo encontra-se a Fazenda Yoko, lá os kamikumitês, entre outras práticas espirituais, aplicam Okiyome nas árvores, flores, plantas em geral, legumes, hortas, nas plantações de arroz e outros produtos orgânicos.

Em outros países também existem fazendas Yoko.

É, realmente, um grupo espiritualista muito bonito, que vem realizando um excelente trabalho em prol da paz e de uma vida melhor em nosso planeta.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Miphan Rinpochê

No último dia 07 de janeiro tivemos o primeiro encontro de 2010, do Centro Sákya RJ, no período da tarde. Foi uma agradável prática espiritual seguida de boas conversas com a Sangha local.

Orientados pelo professor Rogel Samuel, fundador do referido centro, o primeiro ponto de expansão da linhagem Sákya em todo o Brasil e América Latina recitamos agradecidos a bela prece “Os Versos dos Oito Nobres Auspiciosos” de Mipham Rinpochê, a Reza às 21 Taras e outros ensinamentos mais.

Por falar em linhagem Sákya, o chefe da denominação é Sua Santidade Sákya Trizim que em entrevista à revista espanhola Cuadernos de Budismo, número 19, disse: “O principal ensinamento da escola Sákya é o Lam-dré. Significa caminho e resultado, provém originalmente do Mahasiddha indiano Virupa, e foi transmitido posteriormente de mestre a discípulo.”

Convém lembrar que Rogel Samuel tem iniciações com Sákya Trizim e Sua Santidade o Dalai Lama no Nepal, Inglaterra, EUA, Canadá, Austrália e outros países.

Visite http://sakyakhunkhyabcholing.blogspot.com