Agricultura Nichiren
O monge Nichiren
(1222-1282) foi um dos grandes reformadores do Budismo no Japão. Sua influência
é impressionante e originou o que se convencionou chamar de Budismo Nichiren,
através de 38 linhagens budistas distintas e até se faz presente em correntes
religiosas e filosóficas não-budistas, nas chamadas novas religiões do Japão,
que se espalham hoje por diversos países.
Podemos então dizer
que o Bodhisatva Nichiren é patrimônio espiritual da humanidade.
Seus ensinamentos têm
como base o Sutra Lótus, que pode ser lido na internet, no site do Budismo
Primordial HBS: www.budismo.com.br
O capítulo 5 desse
texto sagrado nos fala em plantas, em ervas medicinais, em florestas e afins.
O Senhor Buda tinha um
apreço muito grande pelos jardins, parques, caminhos entre folhas, tanto assim
o é que Ele nasceu, atingiu a Iluminação e desencarnou em um bosque.
Por conseguinte, é
recomendável que o praticante/meditante/orante pode e deve cultivar suas plantas,
hortas e similares lendo para o reino vegetal passagens budistas. Temos certeza
plena e absoluta, comprovadas por nós, que as plantas gostam muito de ouvir os
ensinamentos do Senhor do Dharma.
Os praticantes podem
também recitar mantras para as plantas: medicinais, ornamentais, alimentícias,
frutíferas etc.
No Sutra Lótus tem
vários mantras, o principal deles é o chamado Odaimôku (recitação contínua) :
“Namumyouhourenguekyou”, as vezes se escreve assim: “Namu Myou Hou Ren Gue
Kyou” ou parecido, cuja tradução ao pé da letra é mais ou menos: “Eu me refugio no Sutra Lótus”; “Eu me
refugio na Sabedoria do Sutra Lótus”; “Eu me refugio nos Ensinamentos do Sutra
Lótus”, “Eu me refugio no Buda Primordial”
Os significados são
muitos e a teologia budista (budologia) que nasce desta frase é imensa.
“Eu me refugio no
Sutra Lótus” é sinônimo de “Eu me Refugio em Buda”, pois o ensinamento é do
próprio Buda. É sinônimo também de “Eu me Refugio no Darma”, pois o Darma, a
Doutrina, o Ensinamento está no livro, no conteúdo e precisa ser vivenciado. É
sinônimo ainda de “Eu me Refugio na Sangha”, pois o livro foi
ditado/psicografado/recebido/intuído/canalisado (como, aliás, todos os demais
sutras budistas) por Ananda, primo irmão do Buda e na leitura ficamos
conhecendo e travamos contato com muitos monges e leigos que constituem a
Sangha, a comunidade, visível e invisível.
Faça o teste, nas suas
plantações, mesmo que seja em um simples e pequeno vaso de plantas,
cante/recite o Odaimôku, leia passagens dos sutras, elas vão adorar.
Tem um outro aspecto
muito importante, existem muitos espíritos, os mais diversos, que moram no
reino vegetal, deste modo, não apenas as plantas vão aprender os sutras e
cânticos, mas também os seres invisíveis que habitam plantas, plantinhas e plantonas.
E o meio ambiente, a
atmosfera, o oxigênio no entorno vai gostar também e ficar
purificado/abençoado.
Não importa o tamanho
de sua plantação, desde um minúsculo vasinho de planta na varanda ou pedaço de
janela, até um latifúndio, uma fazenda, faça o mesmo com fé e convicção.
Se o leitor amigo
pertence a outra religião ou filosofia, pode fazer o mesmo com o seu livro
sagrado predileto.
Por fim, se for ateu
ou agnóstico, pode cantar músicas com
letras construtivas, melodias clássicas, por exemplo, e ler trechos de grandes
mestres da Literatura ou conceituados pensadores da Filosofia.
O Reino Vegetal
agradece.
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