sábado, 5 de janeiro de 2008

Boletim nº 17, janeiro, 2008

Budismo Primordial HBS-Rio
Rio de Janeiro, janeiro – 2008 – nº 17
Hakuan (Antonio Carlos Rocha) – Gakutô (Auxiliar Sacerdotal)
e-mail: antoniocpbr@click21.com.br
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Editorial:

“Pois todo aquele cuja fé é inabalável se torna verdadeiramente filho e herdeiro do Buda e do Dharma”.

A frase acima encontra-se na pág. 83 do ótimo livro Quem é o Buda?, de Sangharákshita, publicado em Lisboa, Portugal, em 1997, pela Editorial Presença.

O autor nasceu em Londres, em 1925. Seu nome civil: Denis Lingwood. Já aos 15 anos começou a praticar o Darma. Em 1946 ordenou-se monge budista e passou pelas escolas: theravada, zen e tibetana. Viveu 20 anos na Índia, mas em 1964 voltou ao Ocidente e fundou a linhagem “AOBO – Amigos da Ordem Budista Ocidental” que hoje está disseminada em vários países. Autor de vários livros Sangharákshita é uma das maiores autoridades em Budismo da atualidade. Sua obra social cresce cada vez mais. Veja o site espanhol www.aobo.org . A AOBO realiza um importante atendimento de serviço social às comunidades carentes da Índia, entre os parias.

Para ajudar a manter a ordem, Denis Lingwood criou uma rede de butiques na Inglaterra com produtos importados do Oriente. Essa rede cresceu tanto que se tornou uma holding. Fica assim uma sugestão para os templos budistas no Brasil, das diversas linhagens, que têm problemas de manutenção. É preciso um respaldo financeiro e os templos podem ser administrados como pequenas e médias empresas, a holding é um grupo de empresas. O excedente, o lucro, a AOBO aplica em caridade, em generosidade, atendendo assim à recomendação do Buda, no primeiro item das “Seis Perfeições”.

Nosso bom amigo, Zomar Pontes Ramos, hoje com 85 anos, antigo praticante budista no Rio de Janeiro, desde os anos 60, que esteve com a esposa no Sri Lanka, Tailândia, Índia etc é o primeiro brasileiro ordenado na AOBO. A designação que os religiosos dessa ordem recebem é “Dharmacharya” e o seu nome iniciático é Sanghadarshin.

Voltemos ao citado livro e vejamos o que o Patriarca Sangharákshita diz sobre o nosso Sutra Lótus:

“Sob um ponto de vista literário, o Saddharma Pundarika, o “Lótus Branco da Verdade Real” é um dos mais impressionantes, maravilhosos e magníficos de todos os sutras. Transmite um profundo significado espiritual, mas, na maior parte, em termos não conceituais. Não contém ensinamento abstrato, nem filosofia, mitos e símbolos, através dos quais exprime dois grandes ensinamentos: que, na essência, o Buda é eterno, acima e para além do espaço e tempo; e que existe apenas um grande caminho conduzindo à iluminação para todos os seres – o Mahayana. De acordo com o Sutra do Lótus Branco, todos os seres vivos, quer o saibam ou não, seguem esse caminho e, no fim, alcançarão a iluminação. Realça assim o otimismo espiritual da visão budista ao mais alto nível. (pág. 92).

“Podemos ir ainda mais longe, ainda mais alto. A palavra do Buda está materializada não só na figura de um Bodhisatva, mas na figura do próprio Buda, o Buda do Sutra Lótus Branco. Nesse sutra é-nos dito que o Buda está eternamente sentado no espiritual Pico do Abutre, o pináculo da existência terrestre. Ali ele proclama eternamente o Dharma. Só que ali não o proclama em palavras tal como se encontra no texto do sutra, nem sequer em imagens tal como se descreve no texto do sutra. Proclama-o em termos do puro som mântrico, como, por assim dizer, a vibração primeva da própria realidade. Quer estejamos a meditar ou a ler as escrituras, sempre que estamos silenciosos e tranqüilos podemos captar essa vibração vinda da mente-Buda, no mais longínquo pináculo da existência. E ao captá-lo também nós próprios podemos começar muito sutilmente a vibrar em uníssono com ela, em harmonia com ela. Também nós podemos ouvir dessa maneira, nessa medida, no mais profundo, no mais elevado, do nosso ser. No mais profundo, elevado, verdadeiro e abrangente, podemos ouvir a palavra do Buda”. (pág. 96).

O som mântrico a que se refere Sangharákshita, é o Sagrado Mantra NA MU MYOU HOU REN GUE KYOU !
Hakuan

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Orientação de Danny Nagashima – primeira parte:

Recitar para ser uma pessoa de auto-estima ilimitada – este é o melhor remédio.

Quando eu recitei desta forma, tudo em minha vida se transformou. Você pode analisar sua situação da forma que quiser. Você tem que chegar à raiz do por que “Eu não acredito na grandeza de minha vida”. Você tem que agarrar isto pela raiz e arrancar isto de sua vida.

Você deve recitar para aflorar sua própria grandeza. Recitar para apreciar e valorizar sua vida. A resposta é provavelmente muito simples. Mas porque sempre super-analisamos tudo, as coisas se complicam e a solução parece longe de acontecer. Quando eu segui esta orientação, foi inacreditável o que senti dentro de mim. Nossa missão como Budistas é ser feliz – e não nos tornarmos mestres do sofrimento. Temos nosso lado negativo e o positivo. Existe uma parte nossa que acredita que podemos ser felizes, mas aí nosso lado negativo diz: “Você deve estar brincando!”.

Você deve lutar para não se deixar contaminar pelo seu lado negativo. Isto não é dizer apenas eu sou alguém – mas ser a pessoa que você sempre quis ser, uma pessoa que realmente valoriza sua vida. Esta é uma oportunidade única. Os obstáculos que você enfrenta são as respostas às suas orações.

Estes sentimentos de dúvida própria, estes sentimentos de “Eu não sou ninguém, eu sou um profissional sem importância, sem expressão...” Estes sentimentos são os sentimentos que precisam ser encarados. Como você se sente sobre você mesmo, aquele sentimento de auto-aversão, de não ser bom o suficiente, estes são os sentimentos que precisam ser erradicados.

Seu talento não está sendo questionado, mas sim de como você se sente com você mesmo. Este é o carma. Você precisa valorizar a si próprio, apreciar sua vida, isto não tem nada a ver com alguém valorizando a nós mesmos. Siga seu coração, evidencie seu Estado de Buda e o efeito que virá desta atitude, os benefícios, serão massivos !

Você precisa seguir seu coração, fazer de sua vida seu tesouro. Quando se sentar em frente ao Gohonzon, você tem de reverenciar a sua própria vida. O Gohonzon é a personificação de sua vida iluminada. Sua vida merece esta reverência.

Quando Nichiren inscreveu o Gohonzon ele já recitava o Odaimôku e da grandeza de sua sabedoria ele foi capaz de inscrever o Gohonzon para toda humanidade, desta forma todas as pessoas poderiam aliviar seu sofrimento.

Se você recitar por duas semanas, para vir a ser realmente uma pessoa de auto-estima ilimitada e para realmente, verdadeiramente apreciar sua vida, incluindo suas falhas, suas realizações, suas derrotas, suas perdas, suas vitórias, tudo o que você criou, e apenas verdadeiramente apreciar seu talento seja qual for sua profissão – por duas semanas – então tudo mudará.

(trechos do site “As Mais Belas Histórias Budistas” =
www.vertex.com.br/users/san )

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