sábado, 5 de julho de 2008

Núcleo Shakamuni
HBS-Rio, julho/2008, nº 23, Ano II
Hakuan (Antonio Carlos Rocha)
Gakutô (Auxiliar Sacerdotal)
antoniocpbr@click21.com.br
http://budismoprimordialrio.blogspot.com
Editorial:
O Evangelho de Buda

Finalmente saiu em nossa língua, a edição deste clássico livro. A publicação é da editora Ésquilo, de Lisboa, Portugal. O autor, Paul Carus, compilou textos dos antiqüíssimos cânones Theravada e Mahayana.
Paul Carus (1852-1919) nasceu na Alemanha, foi um conceituado filósofo e orientalista, formado pela Universidade de Tubingen.
Adotado em escolas e colégios de vários países com população majoritariamente budista, Japão e Sri Lanka, por exemplo; O Evangelho de Buda, só nos EUA se tornou um best seller atingindo a cifra de 3 milhões de volumes impressos.
“Traduzido em muitas línguas ocidentais e orientais – diz o editor -. Através de suas páginas, o leitor tem contato com uma sabedoria com sabor a eternidade, muitas vezes transmitida através de histórias fascinantes da vida de Sidarta Gautama, o Buda. Interessa tanto a budistas como a pessoas de qualquer outra área cultural ou religiosa”.
São 240 páginas e, com um pouquinho de sorte, o leitor brasileiro pode encontrar nas boas livrarias.
Ao todo são 100 capítulos divididos em múltiplos versículos. Uma obra prima !

Hakuan

Lema do Budismo Primordial HBS:
“Oramos pela harmonia do universo, através da prática de virtudes, do aperfeiçoamento espiritual e da solidariedade dos seres”.

Palavras Dármicas: “Eu vos respeito profundamente, de maneira nenhuma vos desprezo. Isso justamente porque vós todos, ao praticardes o Caminho de Bossatsu (Bodhisatva), certamente atingireis a iluminação”.

* Núcleo Shakamuni é um boletim mensal, artesanal, impresso e virtual no município do Rio de Janeiro. Homon Butsuryu Shu – HBS (Budismo Primordial) é a mais antiga linhagem budista no Brasil. Chegou aqui em 1908, junto com os primeiros imigrantes japoneses. Nosso núcleo de expansão está ligado ao Templo Nyorenji, Curitiba, PR, Bispo Kyohaku Correia, nosso Mestre (Odoshi): www.budismo.com.br e ao templo Hoshoji: Estrada RJ 99, nº716, bairro Piranema, Itaguaí – RJ, Monge responsável: Sacerdote Jyunshô, tel/fax: (21) 2687-6114.

* Se você quiser uma reunião de estudos, orações, prática de Odaimôku (recitação contínua do Mantra Sagrado Na Um Myou Hou Ren Gue Kyou) ou atendimento espiritual em sua casa, no seu trabalho, escola, colégio, faculdade ou praça pública, por favor, nos avise.

* Importante: Se você concordar pode tirar cópias e passar adiante.Obrigado !

* Reuniões Públicas: Núcleo Shakamuni – toda quarta-feira, às 19:15 e no primeiro sábado de cada mês, às 16 horas. Av. Presidente Vargas, 509 sala 503 (próximo à Estação Uruguaiana do Metrô). Tel. 2222-1126. Visite-nos ! Seja bem-vindo(a) !

* Os boletins anteriores e informações sobre cursos e palestras estão no blog acima citado e no site www.espacoyogananda.com

* Mensalidade: Se possível, colabore com R$ 10,00 para manutenção da sala e dos anúncios veiculados na imprensa alternativa.

ODYUZU

“A maioria das religiões tradicionais usam em suas orações um certo tipo de rosário. Todos diferem em formato e no número de contas.
Em nossa religião o rosário é denominado NENDYU ou ODYUZU, como é falado normalmente. Para melhor entendimento do significado do “Odyuzu” vamos usar o termo “Nendyu”.
Em japonês NEN significa sentimentos e DYU significa contas. Portanto o Nendyu ou Odyuzu representa os sentimentos humanos na forma de contas. Na parte central do Odyuzu existem 108 contas que representam os sentimentos de um ser humano, intercalado por 4 contas de tamanhos ou cores diferentes que representam o sentimento denominado de Bossatsu (Bodhisattva). As duas contas de tamanho maior, representam a camada máxima do sentimento humano, ou seja o “Hotoke” (Buda, também é chamado de Hotoke).
Nos extremos do Odyuzu existem 5 tranças de linhas com franjas ou borlas. Do lado que possui 3 franjas, existe uma maior que é composta por 10 contas que representam os 10 discípulos de Buda. Os dois restantes que possuem 5 contas cada, representam os Bossatsus, o mesmo se pode dizer do lado que possui 2 franjas.
Quanto as franjas ou as borlas servem para enfeite (pois um altar deve ser enfeitado com flores, incenso etc), servem para lembrar a chuva de néctar do Darma que está no Sutra Lótus e também para diferenciar dos Odyuzus de outras linhagens Nichiren que são idênticas (algumas possuem nos extremos borlas no formato de uma bolinha).
O Odyuzu deve ser usado da seguinte maneira: colocar na mão direita as que têm 2 tranças e do lado esquerdo, as de três tranças. Na hora do culto esfrega-se as contas pausadamente. Durante a prática quando não estivermos pronunciando o sagrado mantra Namumyuouhourenguekyou, devemos sempre segurá-lo ou colocá-lo no pescoço. Quando não estivermos usando, recomenda-se guardá-lo no porta-odyuzu. Em casa, guardar no oratório. - Livro-texto da HBS, Butsumaru, pág. 51 (adaptado).

Ser Humano = Planeta Terra

“Há uma comparação interessante no Budismo entre o homem e o firmamento. Aqui estão alguns exemplos. A cabeça redonda do homem é modelada à maneira do firmamento. O cabelo é comparado às estrelas pontilhando o céu. A queda do cabelo é como estrelas cadentes. Existem 12 principais juntas no corpo humano, indicando os meses do ano. Há 360 juntas ao todo, significando os 365 dias em um ano. De acordo com o calendário lunar, um ano compreende 360 dias. Além disso, os ossos são comparáveis às rochas, a carne ao solo e as veias aos rios. A respiração é como o vento soprando através de um vale.” (pág. 101, Introdução ao Budismo, de Elnosuke Akyia, Editora Brasil Seikyo).
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Alma = Pensamentos

“O budismo é monista. Pretende que a alma humana não é um composto de duas coisas: “atman” (o eu) e “manas” (a mente ou o pensmento), mas sim que somente está formada de pensamento. Os pensamentos do homem formam sua alma; eles, os pensamentos, são o seu eu, e não há “atman” que se separe do eu. Portanto, é completamente equivocada a tradução de “atman” por “alma”.
“Esta “atman”-superstição não é só comum na Índia, mas no mundo inteiro: corresponde ao egoísmo habitual do homem na vida prática; são duas ilusões procedentes da mesma fonte: a feira das vaidades mundanas que levam o homem a crer que a razão de ser de sua vida é o seu “eu”. O Buda tenta destruir por completo todo pensamento de “eu”, de forma que não dê mais fruto. Assim, o Nirvana de Buda é um estado ideal onde a alma do homem, depois de purificar-se de todo egoísmo vem a ser a residência da verdade” (trecho da introdução de Paul Carus, no citado Evangelho de Buda).

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