domingo, 6 de julho de 2008

Adote Uma Árvore, julho/2008

Adote Uma Árvore
Santa Teresa, julho/08 – Ano II – nº 13.
antoniocpbr@click21.com.br
http://budismoprimordialrio.blogspot.com
Antonio Carlos Rocha (professor)
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Editorial:
Acidentes de Trânsito
- um outro lado da violência –

Infelizmente as estatísticas são alarmantes, preocupantes; centenas perdem suas vidas nos feriadões, fins de semana e no cotidiano corrido que caracteriza o nosso tempo. Os veículos são cada vez mais velozes e mais frágeis. Lindos pára-choques de plástico ou fibra que, em qualquer batida parecem de papel. Quando não morrem, os acidentados tem graves ferimentos e muitas vezes ficam parcialmente inutilizados, quando não de todo.
As campanhas educativas e esclarecedoras parecem surtir pouco efeito. Então, é preciso pesquisar outras causas, não apenas a tradicional desatenção do motorista, falha técnica do carro, o não respeito às normas de segurança, uso de bebidas alcoólicas, ultrapassagens perigosas etc. Deve haver, pelo menos, mais uma outra causa e está na hora das autoridades competentes também tocarem neste prisma da questão.
A sugestão é, nos anúncios, nas publicidades colocarem a palavra de especialistas em psiquiatria, psicologia, psicanálise e áreas afins.
Bem antigamente, houve uma campanha no rádio e na TV que mostrava uma recém-viúva chorando no velório do marido, atribuindo o excesso de velocidade que culminou com a morte do cônjuge ao fato da impotência sexual dele. Mas parece que essa história não colou e logo retiraram do ar, até porque hoje tem viagra e, desde que o Brasil existe, tem catuaba, garrafada do norte, pimenta malagueta, amendoim e outros preparados da flora, sem contar com o ovo de codorna que até virou baião do saudoso Luís Gonzaga.
O outro olhar que queremos sugerir está no livro A doença como símbolo, obra que tem como subtítulo “Pequena enciclopédia de psicossomática”. Autoria do médico alemão Rüdiger Dahlke, editora Cultrix, 334 páginas.
Os acidentes, quaisquer que sejam eles, dos mais simples aos mais graves espelham, demonstram, entre outros sintomas, as enfermidades holísticas (físicas, emocionais, psíquicas, espirituais etc) dos envolvidos.
O autor inclui acidentes de trabalho, acidentes domésticos, acidentes de trânsito, acidentes em geral. Buda já falava isso no século VI AC., Freud também abordou o tema e agora, a psicossomática.
Existem outros bons livros na área, que aos poucos iremos aqui comentando.
Portanto, não existe fatalidade, não existe acaso, não existe coincidência.
Resumindo: quando uma pessoa está “batendo de frente” com outra ela bate o carro, ou o carro bate nela ou ela se envolve em algum tipo de acidente.
Quando uma pessoa acha que a violência é solução para alguma coisa esta mesma violência se volta para ela pois isto é uma Lei da Vida, que muitos não acreditam, nem são obrigados a acreditar.
Uns chamam de lei do retorno outros Lei de Causa e Efeito ou ainda que é uma Lei da Física: “toda ação corresponde a uma reação”. E esta Lei se manifesta através dos pensamentos, palavras e ações.
Acidentes de trânsito e outros mais – isso também é um assunto de conscientização ecológica.
Na realidade, são várias as causas dos acidentes, mas, existe uma outra ainda, e ninguém está obrigado a acreditar ou aceitar, mas pesa muito, é a causa espiritual. Quais os pensamentos, sentimentos e emoções das pessoas na hora exata em que elas se envolveram nos acidentes? Esse é um aspecto a ser levado em conta, contudo...
Belo dia, não importa em que século, a humanidade passará a acreditar.

* “Adote Uma Árvore” é um boletim ecológico-holístico mensal, artesanal, virtual e impresso. Edições anteriores veja no blog acima citado.

* Se você concordar, pode tirar cópias e passar adiante. Obrigado !

* Mantenha a cidade limpa e o seu bairro também. Não jogue esta folha no chão. Se não quiser deixe em uma banca de jornal. Peça ao jornaleiro, sempre vai aparecer alguém interessado.

* Entre, visite e conheça a Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa: www.amast.org.br

* Oração da Serenidade: “Concedei-me Senhor*, a Serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar. Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para distinguir uma da outra”.

(*) Poder Superior, na forma em que cada um concebe: Alá, Buda, Cristo, Deus, Ecossistema, Natureza, Vida etc.

* Inicie e termine o seu dia, a sua reunião, a sua conversa, o seu trabalho com a Oração da Serenidade.

* Já que o assunto este mês é automóvel, e já que o bairro de Santa Teresa virou ponto de badalação; além da recomendação de estacionar legal evitando ficar próximo ao trilho, tem também uma dica para a CET Rio e demais autoridades competentes do setor, para colocarem mais placas tipo curva perigosa, pista escorregadia, devagar escola; e explicar bem, pois com o chão molhado haja derrapagens que batem no carro em frente ou ao lado.

* Outra reflexão é a questão gramatical: Os verbos beber e dirigir em português tem vários significados. “Se beber não dirija” é uma frase com muitos sentidos. Um motorista pode beber um copo de água, um refrigerante, um cafezinho, um suco e dirigir o seu automóvel. Por outro lado uma pessoa pode beber um chopp e dirigir-se ao banheiro ou dirigir a sua empresa ou dirigir a sua loja etc. Publicitários e autoridades, que tal uma nova frase?

*Livro do mês: Vale a pena conhecer este outro livro do citado médico Rüdiger Dalke, mas desta vez ele vem acompanhado do psicólogo Thorwald Dethlefsen, A doença como caminho, editora Cultrix. A obra ficou vários anos entre os mais publicados na Alemanha. O prefácio dos autores é bem inteligente e provocador: “Este é um livro que aborrece as pessoas, pois destrói o álibi para seus problemas não resolvidos: a doença. Propomo-nos a mostrar que o doente não é uma vítima inocente de alguma imperfeição da natureza, mas que é de fato o autor da sua doença.” (página 7).


* Vejamos outros trechos: “Nós é que provocamos os nossos acidentes, da mesma forma como “buscamos” nossas doenças. Nesses casos, não temos nenhum escrúpulo em considerar um dado assunto como se ele fosse capaz de ser uma “causa”. No entanto, a responsabilidade de tudo o que acontece em nossa vida é nossa. Quando alguém sofre, só ele é responsável pelo sofrimento (o que nada tem a ver com a gravidade do mesmo!). Toda pessoa é ao mesmo tempo autor e vítima. Enquanto o ser humano não descobrir que desempenha esse duplo papel, é-lhe impossível tornar-se perfeito.” (pág. 212).

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