terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Adote Uma Árvore

Adote Uma Árvore
Santa Teresa, RJ, dez/07 – Ano I – nº 6
antoniocpbr@click21.com.br
http://budismoprimordialrio.blogspot.com
Antonio Carlos Rocha (professor)
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Editorial:
SER HUMANO OU CONSUMI-DOR ?

É muito bom estudarmos as palavras, o que elas querem dizer, sua origem, sua essência, seu significado nas entrelinhas e entreletras e assim, ficamos sabendo o que, de fato, elas querem realmente dizer.
Em nºs. anteriores vimos que o turismo “sustentável” e o desenvolvimento “sustentável” são eufemismos para continuarem com a exploração, com uma aparenciazinha de modernidade... a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, então quem vai segurar por baixo mesmo é a população... quem vai servir de escora são os menos influentes na mídia. É só conferir no dicionário Aurélio os termos sustentar e sustentável, como bem lembrou o Álvaro Braga.
Agora, meditemos um pouco no verbo con-sumir, no vocábulo consumi-dor. Quanto mais você con-sumir mais o seu dinheiro vai sumir e é provável que a sua paciência também e então, você enfrentará filas e mais filas para pagar os seu débitos. Com isso, talvez o ato de con-sumir irá te trazer estresse e outras “dores” mais.
Interessante que deixamos de ser seres humanos e nos tornamos consumi-dores. Haja dor, chateação, e outros sinônimos, principalmente, quando se está no vermelho.
A sorte do con-sumismo (para sumir mesmo) é que especialistas já descobriram, de longa data, que o ato de con-sumir traz satisfações “românticas”.
Como todo mundo é carente de alguma coisa: atenção, educação, saúde, finanças, afeto, amor, sexo, carinho etc; o ato de con-sumir entra como um complemento, como uma compensação, uma transferência.
Dúvidas? Confiram no ótimo livro “A ética romântica e o espírito do consumismo moderno”, de autoria do sociólogo Colin Campbell, Editora Rocco, 2002, 404 páginas.
O “romantismo” foi um estilo de época surgido na Literatura, no século XVIII, mas a carência do ser humano é tão grande e se manifesta em tanta coisa que daí para o consumismo foi um pulo.
Portanto, preste bastante atenção na próxima compra, faça uma auto-análise e veja se, realmente, você está precisando do tal produto.
Boas economias !

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* Agradecemos à Padaria das Famílias pela doação dos ingredientes para o bolo de 1 metro, por ocasião da Festa do Aniversário de Santa Teresa.

* Agradecemos ao Meirelles, do Ora pro Nobis que no último “Amast na Praça” ajudou com mesas e outros apoios. Agradecemos a Graça do Mike’s Haus, cedeu espaço e simpatia. Agradecemos à Mercearia Bacelar e ao Atelier Solaris pelo apoio e oferecimento da escada para colocarmos as faixas. Agradecemos à Regina Rocha pela ajuda no equipamento de som. Por extensão, agradecemos aos moradores do prédio local e todos os que direta ou indiretamente colaboraram para o sucesso das poesias e leitura dos textos de Mário Quintana pela Tânia Scher.

* “Amast na Praça” é uma espécie de Ouvidoria do bairro. Veja a nossa agenda: hoje, 15 de dezembro de 2007 – no Mirante Guardas do Imperador (em frente ao Corpo de Bombeiros); 19 de janeiro de 2008 – na Esquina das Carmelitas (confluência das ruas Hermenegildo de Barros, Dias de Barros e Ladeira de Santa Teresa); 16 de fevereiro de 2008 – escadarias da Rua Joaquim Murtinho. Sempre no terceiro sábado de cada mês, de 11 às 14 horas.

* Mais sugestões surgem: brevemente “Amast na Praça” na Rua Cardeal Sebastião Leme com Rua Monte Alegre. Aguarde.

* “Adote Uma Árvore” é um boletim mensal, artesanal, virtual e impresso. Edições anteriores veja no blog acima citado.

* Se você concordar, pode tirar cópias e passar adiante. Obrigado !

* Mantenha a cidade limpa e o seu bairro também. Não jogue esta folha no chão. Se não quiser deixe em uma banca de jornal. Peça ao jornaleiro, sempre vai aparecer alguém interessado.

* Em recente pesquisa divulgada na mídia, a 7ª DP, em Santa Teresa, foi eleita a 3ª melhor Delegacia do Brasil. Parabéns à equipe.

* Justiça seja feita: o Cel. Mendes, comandante do 1º BPM tem se esforçado, dentro de suas possibilidades, para ajudar na segurança do bairro. Uma área difícil, reconheçamos, nem sempre é fácil.

* Colaboração do leitor: “Pessoal. Esta é demais. A mulher do artista plástico Morriconi, solicitou ao Parques e Jardins autorização para cortar uma paineira, por causa da raiz que invadiu a casa de uma vizinha, arrebentou o cano de gás e quase causou um dano de maiores proporções. O órgão da prefeitura autorizou e ainda cobrou R$ 450,00 pela licença. De órgão público se transformou em empresa privada, será que haveria mesmo necessidade de detonar a árvore toda? Acho que a intervenção poderia ser feita pontual, cortando a raiz que invadiu o muro e fazendo uma poda, com isso direcionaria a árvore para uma posição em que não mais causasse problemas no futuro. Os manejos de intervenção são possíveis e factíveis de acomodar as espécies de um modo onde não haja necessidade de sacrificar a árvore ou quaisquer outras. As práticas de manejos mudaram, é necessário que a Fundação Parques e Jardins da prefeitura, também o faça. (Luiz Alves, por e-mail)”.

* A bela exposição “A Fauna em Madeira” está acontecendo no Parque Nacional da Tijuca até 11 de fevereiro. São esculturas de Marcos Duarte. Uma promoção BiodiversidARTE e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Estrada da Cascatinha, 850, Alto da Boa Vista. O folheto do evento esclarece: “(...) as peças apresentadas (...) foram criadas a partir de pedaços de cedros, vinháticos e camarás, derrubados por conta de fenômenos naturais ou podas realizadas por motivos de segurança, em áreas rurais e urbanas”. Nenhuma árvore foi sacrificada. Lá estivemos: este que vos escreve, Heloisa, Antoni e Dora. A vernissage fazia-se acompanhar de ótimo coquetel.

* FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO !

* ”Mas lembremos: nessa descarioquização, os estrangeiros fazem apenas seu papel, como Villegagnon há 450 anos. Tentam invadir nossa praia a diferença é que, agora, nós estamos deixando. Valei-nos, Estácio de Sá (...) Eu sei que a Barra é longe, ou seja, um lugar que não existe. Mas lá é bacana porque tem de tudo: Downtown, self-service, drive-thru. laundry, for sale, business center, delivery, the devil bv tour...” (Trechos do ótimo artigo “Sete pecados da Capital” de Nelson Vasconcelos, publicado em O Globo, 07/10/07, encaminhado pelo nosso colaborador Álvaro Braga.

* Em 1972, naquela calçada próxima ao Corpo de Bombeiros havia uma placa indicando que era o “Mirante Guardas do Imperador”. A edição de 1973, do Guia Rex, pág.76, confirma. O descaso tratou de sumir com a placa e estragar a grade que era pintada e completa. E o bonde Dois Irmãos voltava dali. Queremos a placa de volta. Que os órgãos competentes reponham a placa!

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