domingo, 7 de outubro de 2007

Expansão Planetária

O título acima é uma expressão usada por Jean Boisselier, autor do livro “A Sabedoria de Buda”, Ed. Objetiva, 2002. Fartamente ilustrado, em cores e em preto e branco, as 192 páginas traçam um bom histórico sobre o budismo.
Um dos capítulos finais é sobre a história do Darma no Ocidente, desde o século II aC. até os nossos dias, quando começaram a surgir, no século passado, em diversos países, linhagens autônomas, independentes das tradicionais denominações da Ásia.
É o caso da Igreja Budista Congregacional da América, fundada em 30 de janeiro de 1976 por refugiados vietnamitas; ou então as Igrejas Budistas da América, do ramo Terra Pura, de inspiração japonesa, mas hoje, completamente independente, inclusive é a primeira escola budista a ter capelães nas Forças Armadas dos EUA, da mesma forma que católicos e protestantes também têm os seus capelães. Tem ainda a congênere Igrejas Budistas do Canadá, também Terra Pura, além de outras linhagens com inspiração no budismo chinês.
Enquanto a imigração japonesa no Brasil começou em 18 de junho de 1908; os japoneses e chineses começaram a imigrar para os Estados Unidos nas décadas de 1860 e 1870 e assim levaram a fé em Buda para as novas terras.
Talvez não seja exagero dizer que hoje, em quase todos os países do ocidente, há pelo menos uma forma de budismo sendo praticada, estudada e divulgada.
Sobre esta profusão de escolas, ramos, linhagens, denominações, interpretações que, também estão presente em outras grandes religiões antigas, o professor doutor Thomas J. Hopkins, do Departamento de Estudos Religiosos do Franklin and Marshal College explica:
“Uma tradição religiosa sem santos e místicos, sem novas revelações, sem a experiência do Sagrado que dá um novo sentido aos ensinamentos antigos – tal tradição, não importa em que parte do mundo ela esteja, é espiritualmente morta”.
Ora, como o Budismo é uma tradição espiritualmente viva, é por isso que existem as novas revelações, as novas formas de ser budista, os novos sentidos interpretando os ensinamentos antigos.

Um comentário:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

SEU BLOG ESTÁ CADA VEZ MAIS INTERESSANTE, OBRIGADO, ROGEL SAMUEL