domingo, 8 de fevereiro de 2009

A Lenda do Chá

Foi o Buda que ensinou aos discípulos a arte de beber chá. Ele viveu seis anos nas florestas. Verificando que em algumas meditações, às vezes, ficamos sonolentos, Sidarta percebeu que algumas folhas tiravam o sono e recomendou aos praticantes o hábito de beber a infusão.

Com a expansão do Budismo, por toda a Ásia, o uso do chá também propagou-se e a Inglaterra, ao colonizar a Índia tratou de patentear a idéia.

Vejamos o que diz o médico e escritor Cláudio de Souza (1876-1954), membro da Academia Brasileira de Letras, em seu livro Impressões do Japão, publicado em 1940 pela Editora Civilização Brasileira, páginas 117 e 118:

“O chá veio da China para o Japão. Tudo tinha ali berço lendário. Assim, o chá. Conta-se que o sacerdote Daruma, de certo convento da Índia, tendo adormecido durante a oração, como penitência por esse grave pecado. Cortou as pestanas e atirou-as ao vento. Onde elas caíram brotou o chá, que, por isso, tira o sono...

“A cerimônia é, também, originária da China, mas só subsiste no Japão. Foi trazida por sacerdotes taoístas e budistas. Entre estes últimos os da seita Zen bebiam o chá diante da estátua de Buddha”.

Observação: Daruma é a forma carinhosa como os japoneses chamam o monge indiano Bodhidharma (470-543) que levou o Zen para a China. Suas imagens são sempre representadas com sobrancelhas bem espessas e pestanas idem. Em japonês, também é conhecido como Bodaidaruma Daioshô. Algumas linhagens xintoístas o veneram como deidade.

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