segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Influência dos Espíritos

A psicologia tibetana vê a possessão espiritual como condição ativadora da psicose. Há tipos de possessão deliberados, saudáveis e funcionais; outros inadvertidos e disfuncionais. Dos seis reinos da cosmologia tibetana – humanos, animais, fantasmas da cobiça, seres do inferno, deuses da inveja (semi-deuses) e deuses (devas) - , é do reino dos fantasmas da cobiça que sai a maioria dos espíritos causadores de psicose. São seres motivados por todas as emoções aflitivas, como ódio, desejo e ignorância. São capazes de viajar com rapidez do pensamento e atraídos por humanos predispostos à sua influência.

As formas deliberadas de possessão espiritual incluem as do oráculo tibetano, que age como um instrumento para os espíritos que o possuem e falam através dele.

A primeira linha de terapia para as desordens presumivelmente causadas por espíritos, segundo os tibetanos, é a religiosa. Os serviços de um lama ou de um doutor semelhantemente treinado são empregados em cerimônias para exorcizar a influência negativa. Como medida preventiva, a pessoa afetada é iniciada em certas práticas espirituais para evitar influencias danosas posteriores. O cultivo da caridade e outras ações sadias é considerado benéfico para subjugar influências negativas.

- o trecho acima é parte de um longo artigo publicado na revista Bodisatva, nº 6, 1993, página 24, de autoria de Mark Epstein e Sonam Topgay. O norte-americano Mark é formado em medicina pela universidade de Harvard, EUA. Sonan é um monge budista tibetano formado pela Universidade Vishwa Bharati, Índia. A tradução para o português esteve a cargo do físico, escritor e médico formado pela UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Enio Burgos.

- De longa data vimos afirmando, em nossas pesquisas, a proximidade das idéias budistas com o espiritismo.

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