domingo, 11 de outubro de 2009

Oyá-Samá é Buddha

Tanto no Budismo Japonês quanto no Xintoísmo é comum a expressão Oyá-Samá acoplada a outros termos para designar grandes patriarcas e mestres. Por exemplo, o patriarca da PL – Perfeita Liberdade, chama-se Oshieoyá-Samá. Na Igreja Messiânica temos Meishu-Sama. Etc... em outras correntes que vem do Japão. Neste caso, tanto o patriarca da PL, quanto da Igreja Messiânica, eles são Budas porque são pessoas especiais, bodhisatvas. Dentro do Mahayana japonês todos somos Buddhas. Todos os seres vivos, inclusive os minerais que também são seres vivos.

Daisetz Teitaro Suzuki, em seu livro Mística Cristã e Budista, editora Itatiaia, 1976, esclarece que: “Oyá não tem equivalente em inglês. É tanto maternidade quanto paternidade, não no sentido biológico, mas como símbolo de benevolência. Samá, partícula honorífica, é, às vezes, abreviada para sam, menos cerimoniosa e mais amistosa e íntima”.

Reflito que o Samá japonês pode vir da língua páli, onde estão os textos canônicos do Budismo Theravada. Lembremos que Samma Sambuddha é o Buda mais alto, o Supremo Buddha.

No citado livro Suzuki transcreve mais de cem estrofes do poeta e monge Saichi, na mais remota antiguidade da prática do Nembutsu, vejamos uma:

Oyá-Samá é Buda
Que transforma Saichi num Buda...
Sou agradecido pela graça,
Namu Amida Butsu, Namu Amida Butsu.

Namu Amida Butsu significa: Eu me refugio no Buda Amida, Eu me refugio na Luz Infinita do Buda Amida. Amida quer dizer Luz Infinita. Luz Infinita é Deus. Oyá-Samá é Deus.

O templo Seigon, onde Nichiren se criou, estudou, foi educado, se ordenou e morou tinha a prática diária do Nembutsu.

Observe a primeira letra: Nichiren – Nembutsu – Nirvana !

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