sábado, 29 de agosto de 2009

Nichiren e o Esoterismo

Aos 11 anos, Nichiren (1222-1282), filho de um pescador, ficou órfão de pai e mãe e, já que não tinha parentes conhecidos, foi adotado pelo templo budista próximo à sua humilde casa, em uma aldeia, no leste do Japão.

Oterá (monastério-templo) Kiyosumi-dera, era o nome, e pertencia a linhagem Tendai. Lá o menino aprendeu todas as práticas devocionais de louvor ao Buda Amida, recitava mantras para as divindades esotéricas do panteão Tendai, estudando a budologia Mahayana e Theravada. Liam com reverência, como se fosse uma prece, e de fato é, todos os sutras do Grande Darma, abrangendo o máximo de linhagens possíveis.

Com o tempo, os sacerdotes de Kiyosumi-dera perceberam a inteligência do jovem Nichiren e ensinaram a ele, uma diversidade de práticas, tais como: o culto a Amida, práticas esotéricas secretas, mágicas e xamânicas. Esta influência de Amida e do esoterismo budista que aprendeu na juventude, o influenciou até o final de seus dias. Nichiren conversava com os espíritos.

Kiyosumi-dera era um templo do ramo esotérico Sanmon da escola Tendai e o principal objeto de adoração daqueles monges era o bodhisatva Kokuzo (Akasagarbha, em sânscrito). É a figura central nesta tradição. A sabedoria de Kokuzo é tão vasta quanto o espaço. Ele está sempre sentado em uma flor de lótus, segurando a espada que corta a ignorância.

Namo Sakyamuni, ó Buda Eterno, Buda Absoluto ! Namo Kokuzo, grande bodhisatva, vem do espaço infinito com a tua falange de santos seres de Luz, para nos abençoar, ensinar e proteger com tua sabedoria e discernimento. Namo Nichiren, mestre e amigo sejam todos bem-vindos !

Fonte: A Espiritualidade Budista, volume 2, autor-organizador Takeuchi Yoshinori, editora Perspectiva, 576 páginas, 2007.

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