domingo, 30 de agosto de 2009

Culto Budista

O templo é o lugar de promoção do Dharma e de cultos. Esta tradição se conserva até os dias de hoje.

O culto visa reverenciar o Dharma como o corpo. O gesto básico é o gasshô que é a união das mãos na altura do peito. O gasshô é a forma tradicional de cumprimento na Índia. Significa o respeito e a confiança no outro. Junto com a imposição das mãos, é pronunciada a palavra Namastê, que é da mesma raiz de Namu, que encontramos no Namu Amida Butsu.

O Nembutsu ou a recitação do Namu Amida Butsu é a resposta aos nossos questionamentos e anseios existenciais. O gasshô que é a gestuália de unir as mãos, tem como significado a união do nosso ser. Neste sentido o gasshô é uma prática necessária para um mundo conturbado e fragmentado como é a nossa época.

Se nós não estivermos unificados, estamos descentralizados e nossas vidas serão fragmentadas. Estamos aturdidos e não conseguiremos ver as nossas responsabilidades sociais. A plena satisfação é possível unificando-se com a prática do gasshô.

O gasshô faz surgir uma gratidão libertadora, que nos liberta do pensamento discriminatório. Desta forma adquirimos um viver que transcende a morte. Viver e morrer não são coisas separadas. A vida e a morte geram-se mutuamente. Quem assim entende descobre Amida, isto é, o Absoluto Ilimitado.

- Os parágrafos acima estão nas páginas 30 e 31 do livro Rompendo as Amarras do Ego, cujo subtítulo é “Uma Introdução Ao Budismo Shin”, autoria de Massao Ryose, provincial da Missão Budista Sul Americana do Templo Higashi Hongangi, SP. A edição, 1992, é do Instituto Budista de Estudos Missionários, fundado e presidido pelo venerável monge professor doutor da USP, Ricardo Mário Gonçalves.

Um comentário:

Unknown disse...
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